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Estado de Minas

Planalto enxerga 'salva��o' de Dilma na economia e na base hist�rica do PT


postado em 20/12/2015 14:22 / atualizado em 20/12/2015 14:35

Amea�ada de impeachment, a presidente Dilma Rousseff promete fazer a partir de agora um novo movimento de inflex�o � esquerda nos rumos da gest�o, em uma tentativa de se manter no Pal�cio do Planalto. Embora o Executivo tenha obtido uma vit�ria no Supremo Tribunal Federal, que deu ao Senado a palavra final sobre o rito de afastamento, a c�pula do PT acredita que a salva��o de Dilma depende da economia e de sua aproxima��o com os movimentos sociais.

Foi com esse diagn�stico que a presidente, antes mesmo de trocar Joaquim Levy por Nelson Barbosa no Minist�rio da Fazenda, deu sinais de mudan�a na pol�tica econ�mica. Desenvolvimentista, Barbosa sempre defendeu uma prescri��o que coincide com a receita de Dilma para sair da crise.

"Precisamos de uma nova equa��o econ�mica para o Brasil", afirmou a presidente, na ter�a-feira, em reuni�o com sindicalistas e representantes de entidades empresariais. "Levamos uns trancos. Mas o que faremos ap�s superar a crise?", perguntou ela na quinta-feira, ao se encontrar com integrantes da Frente Brasil Popular, que no dia anterior organizara atos em defesa do seu mandato.

'Ilus�o'


O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse a Dilma, a ministros e tamb�m a dirigentes do PT que � uma "ilus�o" ver o Congresso como o campo de batalha mais importante na guerra contra o impeachment. Em jantar com sua sucessora h� quatro dias, no Pal�cio da Alvorada, Lula lembrou que s� a sua liga��o com o povo o livrou de ser apeado do poder, em 2005, quando eclodiu o esc�ndalo do mensal�o.

"Voc� precisa liberar o cr�dito, fazer a roda da economia girar e dar not�cia boa", aconselhou o ex-presidente, na �ltima conversa com Dilma, segundo relatos de seus interlocutores. "A agenda do Pa�s n�o pode ser s� ajuste fiscal e Lava Jato", emendou ele, numa refer�ncia � opera��o da Pol�cia Federal que prendeu empres�rios, pesos pesados do PT e amea�a o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na avalia��o do ex-presidente, se nada for feito rapidamente haver� uma "tempestade perfeita" que pode levar � press�o das ruas pelo impeachment, com infla��o em alta, sal�rio em baixa e desemprego na casa de dois d�gitos antes de mar�o de 2016.

Vale tudo. Nas conversas com sindicalistas e empres�rios, nessa semana, Dilma disse que far� de tudo para que a economia cres�a de forma consistente nos pr�ximos anos, mas pediu ajuda para superar a instabilidade pol�tica. Para a presidente, a briga de uma ala do PMDB e da oposi��o para tir�-la do cargo � uma tentativa de "encurtar o caminho" para o poder.

"Vamos manter o marco legal da democracia contra a pol�tica do vale tudo", declarou Dilma, quando agradeceu aos movimentos sociais pela defesa do seu governo nas ruas.

A percep��o do n�cleo pol�tico do Planalto � a de que o vice Michel Temer (PMDB) conspira ao lado de Cunha para tirar Dilma do cargo e, embora tenha sofrido um rev�s nos �ltimos dias, precisa ter os passos monitorados.

O governo confia em Renan, mas se mant�m em estado de alerta. Auxiliares de Dilma afirmam que, se a economia estiver conturbada em 2016 e o processo de impeachment for aprovado na C�mara, o aliado pode virar algoz, porque n�o vai "matar no peito" uma causa impopular num ano eleitoral.

"Superada essa crise pol�tica, as condi��es estar�o dadas para a retomada do crescimento com distribui��o de renda", comentou o ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Patrus Ananias. "� certo que existem discord�ncias (com os movimentos sociais) em rela��o ao caminho a ser tomado, mas n�o quanto aos objetivos estrat�gicos."

Dilma pediu apoio para a cria��o da Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF). Aos empres�rios e dirigentes sindicais, a presidente disse que se trata de um imposto com menos impacto na infla��o e prometeu a divis�o dos recursos arrecadados com Estados e munic�pios. "N�o vamos fixar (a dura��o) em um ano, dois anos ou tr�s anos. Isso a gente debate no Congresso", observou.

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, mandou ao mercado o recado de que a mudan�a no comando da Fazenda n�o significa o fim do ajuste fiscal. "Pelo contr�rio: n�s vamos insistir em concluir a vota��o das medidas que est�o no Congresso", comentou Wagner. "Al�m disso, daremos continuidade �s reformas necess�rias para a melhoria do ambiente econ�mico."


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