Bras�lia - O Pal�cio do Planalto j� admite uma eventual vit�ria do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), aliado do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a elei��o da lideran�a do PMDB na Casa este ano. Mas, adotando uma estrat�gia diferente de articula��es anteriores no trato com a base aliada, o Executivo n�o vai intervir em disputas a fim de buscar a pacifica��o na bancada peemedebista qualquer que seja o vencedor.
O Planalto n�o quer melindrar o lado derrotado na disputa e, como consequ�ncia, reavivar a tens�o no importante partido aliado �s v�speras de uma defini��o na C�mara sobre a admiss�o do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunica��o Social) conversaram com Motta e Jaques Wagner (Casa Civil) deve fazer o mesmo em breve. A ideia, no caso de vit�ria do deputado aliado de Cunha vencer, � garantir desde logo o acesso ao peemedebista. A avalia��o � a de que a elei��o de Motta n�o seria "o fim do mundo", segundo um assessor da presidente Dilma Rousseff.
Ap�s as dificuldades da crise pol�tica de 2015, o governo pretende alcan�ar uma estabilidade m�nima dentro da coaliz�o na C�mara para barrar o impeachment e tentar aprovar em 2016 propostas impopulares como a CPMF e uma reforma da Previd�ncia.
A avalia��o � que a elei��o para l�der da bancada peemedebista, a maior da Casa, com 67 deputados, ser� fundamental nessa estrat�gia. Por isso, o discurso � de n�o apoiar, seja em p�blico ou nos bastidores, qualquer uma das candidaturas, a de Hugo Motta ou a do atual l�der e candidato � reelei��o, o governista Leonardo Picciani (RJ). "N�o h� nenhum sinal de intromiss�o do governo no processo", disse Motta.
O grupo de Picciani avalia que o governo vem, de fato, se mantendo oficialmente neutro na elei��o da bancada. No entanto, ao conserv�-lo na interlocu��o das demandas dos peemedebistas da C�mara, o Planalto tem ajudado indiretamente Picciani a se cacifar como elo confi�vel entre o Executivo e os parlamentares, fazendo com que ele conquiste votos para sua recondu��o � lideran�a.
Picciani diz entender a posi��o do governo e n�o considera a postura oficial como sinal de abandono. "O governo n�o far� nenhum movimento brusco", concluiu.