
Cerca de mil professores protestaram, segundo o Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o (Sindute), na manh� desta sexta-feira, na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro. Munidos de faixas, cartazes, apitos e pratos, eles cobraram do governador Fernando Pimentel o cumprimento do acordo assinado com a categoria no ano passado.
A insatisfa��o diz respeito ao piso salarial nacional dos professores. Atualmente eles recebem R$ 1. 455 mensais mais um abono de R$ 190. O acordo prev� que apenas em 2018 Minas Gerais chegaria ao piso na cional, hoje estabelecido em 2.135,00. No entanto, ficou acertado que at� l� eles teriam parcelas extras em forma de abono e a aplicacao do reajuste estabelecido pelo governo Federal. Neste ano, o reajeuste do piso foi de 11,36%, indice que seria aplicado aos sal�rios. A categoria alega que os contracheques pagos hoje n�o vieram com o aumento.
"� preciso que o governo cumpra o que assinou em 2015. N�o existe a possibilidade de aceitarmos modifica��es no acordo. J� pagamos a conta dessa crise ao aceitar o parcelamento do piso ate 2018", afirmou a presidente do Sindute, Beatriz Cerqueira. De acordo com ela, est� mantido o cronograma de in�cio das aulas no pr�ximo dia 11, mas no dia 20 haver� uma reuni�o do sindicato para discutir a possibilidade de paralisac�o geral dos professores.
Os secret�rios de governo, Odair Cunha, e de Educa��o, Maca� Evaristo, receberam uma comiss�o dos sindicalistas para tratar do assunto. A assessoria de imprensa do governo informou no in�cio da tarde desta sexta-feira que a reuni�o terminou sem que houvesse um acordo. Nova rodada de negocia��es foi remarcada para depois do feriado do carnaval.
Lei 100
Outra reivindica��o dos manifestantes diz respeito � Lei 100, declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Com essa decis�o, o governo exonerou em 31 de Dezembro cerca de 57 mil profissionais que haviam sido efetivados pela legisla��o, sem terem feito concurso p�blico.O sindicato reclama que esses ex-servidores teriam que receber o proporcional e abono de f�rias. Mas nada foi pago pelo governo.