A C�mara j� se mobiliza para, assim que terminar a vota��o dos embargos de declara��o no Supremo, finalmente eleger a comiss�o especial do impeachment, seja em qual rito for. A �nica pol�mica prevista por Cunha ser� a escolha do presidente e do relator, j� que n�o h� regras no regimento interno da Casa que tratem dessa articula��o. Antes da sess�o ordin�ria, no fim da tarde ou no in�cio da noite, ser� convocada uma reuni�o de l�deres para discutir a decis�o do Supremo.
Formada a comiss�o hoje, Eduardo Cunha espera, em at� 45 dias, decidir o rumo pol�tico da presidente: garantir 342 votos da oposi��o pelo impedimento de Dilma ou 171 votos da base governista que a mantenha no poder.
As trocas de legendas facilitadas pela janela partid�ria – aberta por 30 dias desde 18 de fevereiro – n�o devem interferir na escolha e no n�mero de vagas dos partidos da comiss�o. De acordo com Cunha, as regras ser�o as mesmas adotadas em dezembro do ano passado, quando o processo chegou a plen�rio depois de sua admissibilidade aprovada pela mesa diretora e s� haver� mudan�as se o STF mantiver a decis�o que altera o processo inciado no ano passado.
“Eu n�o sinto amparo legal de mudar a regra depois de o jogo ter come�ado: ser� cada bloco, com seu tamanho, no dia da forma��o da comiss�o”, disse ele. Acordos pol�ticos, explica o deputado, n�o caber�o nesse caso. “Existe acordo pol�tico naquilo que define a conviv�ncia di�ria nas atividades da Casa. O que tem amparo legal a gente tem � que cumprir.”
O l�der do PSDB na C�mara, Antonio Imbassahy (BA), acredita que os dias de Dilma no Pal�cio do Planalto estejam contados. Para ele, ao instalar a comiss�o “os deputados ir�o, no mais breve per�odo de tempo instalar e afastar, constitucionalmente, a presidente”. J� o l�der do governo na Casa, Jos� Guimar�es, acredita que a crise ser� superada.
