
Lula e a presidente Dilma est�o reunidos nesta quarta-feira no Pal�cio da Alvorada. Lula chegou � resid�ncia da Presid�ncia da Rep�blica por volta das 9h. Tamb�m est�o no Alvorada os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Educa��o, Aloizio Mercadante.
A ida de Lula para o minist�rio tem repercutido entre deputados favor�veis e contr�rios ao governo. Os petistas apoiam a iniciativa por conta da habilidade pol�tica do ex-presidente, enquanto os oposicionistas classificam a hip�tese como tentativa de blind�-lo das investiga��es da Opera��o Lava-Jato.
Foro privilegiado
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse � presidente Dilma Rousseff, na noite dessa ter�a-feira (15), que precisava do apoio do PMDB antes de assumir o minist�rio.
Na conversa dessa ter�a-feira, que durou quatro horas e meia, Lula teria mostrado d�vidas sobre a entrada na equipe e contou ter sido informado por integrantes do PMDB de que sua presen�a no minist�rio, nesse momento, n�o daria "governabilidade plena" a Dilma nem teria o cond�o de, por si s�, barrar o impeachment.
Lula tamb�m n�o teria escondido o inc�modo com not�cias dando conta de que ele quer entrar no governo para fugir do juiz S�rgio Moro. "Eu n�o preciso disso, a esta altura da vida", disse o ex-presidente. "Minha defesa eu mesmo fa�o."
Com a ida de Lula para o minist�rio ele ganha foro privilegiado de julgamento. Isso significa que, em caso de den�ncia criminal, uma a��o contra ele ter� de ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal, saindo da al�ada do juiz S�rgio Moro, que conduz a Opera��o Lava-Jato na primeira inst�ncia.
Lula � alvo da Lava-Jato e, al�m disso, Moro seria o encarregado de decidir se aceita ou n�o o pedido de pris�o preventiva contra o ex-presidente, apresentado pelo Minist�rio P�blico de S�o Paulo, que o acusa de ocultar um tr�plex no Guaruj�, reformado pela OAS.
O ex-presidente nega a propriedade desse im�vel e tamb�m de um s�tio em Atibaia, que recebeu benfeitorias de empresas investigadas no esquema na Petrobras.
Fun��es no governo
A proposta do Planalto � que, al�m de cuidar da articula��o pol�tica do governo com o Congresso, na ofensiva contra o impeachment, Lula fique respons�vel pelo Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social. O Conselh�o, como � conhecido, foi montado em 2003, no primeiro mandato do ex-presidente, reunindo representantes do governo, de sindicatos, movimentos sociais e empres�rios. Acabou, por�m, abandonado por Dilma. E retomado neste segundo mandato.