
O pronunciamento foi feito no Pal�cio do Planalto, ap�s encontro da presidente com juristas que foram a Bras�lia manifestar apoio � petista e recha�ar tentativas de interrup��o do atual mandato.
"Eu preferia n�o viver esse momento, mas me sobra energia e disposi��o. Jamais imaginei gastar for�as para unir a sociedade em torno de uma campanha pela legalidade", afirmou Dilma.
A presidente relembrou seu apre�o pelo ex-governador Leonel Brizola, em uma compara��o direta do atual momento com a campanha conduzida pelo pol�tico ga�cho para que o ent�o vice-presidente Jo�o Goulart pudesse assumir o mandato presidencial em 1961, ap�s a ren�ncia de J�nio Quadros, situa��o que desagradava aos militares da �poca. "N�o cabem meias palavras: o que est� em curso � um golpe contra a democracia."
A presidente afirmou mais de uma vez que n�o cometeu nenhum crime de responsabilidade, hip�tese prevista na Constitui��o para que um presidente seja afastado do cargo. Para Dilma, "os que pedem a ren�ncia mostram fragilidade de convic��o sobre o processo de impeachment".
Antes do discurso de Dilma, o advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, disse que o governo vai entrar com a��es no Supremo Tribunal Federal para questionar o processo de impeachment em curso na C�mara. A medida foi anunciada ap�s a reuni�o com juristas.
Ao encerrar o discurso, Dilma afirmou querer "toler�ncia, di�logo e paz" e concluiu usando o bord�o criado pelos aliados do governo: "N�o vai ter golpe".