Bras�lia - Na esteira do desembarque do PMDB do governo, o ministro da Secretaria da Avia��o Civil (SAC), Mauro Lopes, dever� entregar nesta ter�a-feira � presidente Dilma Rousseff, sua carta de ren�ncia do cargo. A informa��o � do deputado federal L�cio Vieira Lima (BA), da ala pr�-impeachment do partido. Procurado, Lopes n�o quis comentar o an�ncio feito por seus correligion�rios.
Caso a ren�ncia se confirme, Mauro Lopes ser� o segundo ministro do PMDB a entregar o cargo. Ontem, logo ap�s o partido anunciar que aprovaria o rompimento com o governo por "aclama��o" nesta ter�a-feira, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) entregou o posto de ministro do Turismo. A expectativa � de que outros ministros do PMDB tamb�m entreguem os cargos depois de hoje.
Com a sa�da de Lopes da SAC, peemedebistas j� admitem, nos bastidores, que o processo de expuls�o dele do PMDB n�o dever� ter seguimento. Atualmente, o caso est� na Comiss�o de �tica do partido. O colegiado analisa 11 representa��es que pedem a expuls�o de Lopes por ter descumprido mo��o aprovada pela sigla no dia 12 de mar�o, proibindo peemedebistas de assumirem cargos no governo federal por 30 dias.
O processo est� sendo analisado pela relatora na Comiss�o de �tica, Rose Rainha (PMDB-DF), que dever� elaborar um parecer e enviar o documento para a Executiva Nacional do PMDB, a quem caber� a decis�o final sobre o caso. "L�gico que, com ele saindo do cargo, deve ter uma solu��o pol�tica para n�o pedir a expuls�o dele", afirmou um peemedebista da ala pr�-impeachment.
Procurado, o l�der do PMDB na C�mara, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse n�o ter a informa��o de que Mauro Lopes vai entregar sua carta de ren�ncia hoje. "Ele n�o me falou nada", afirmou o parlamentar fluminense.
O ministro da SAC, por sua vez, disse que n�o falaria sobre o assunto. "N�o vou comentar. Deixe que eles falem por mim", afirmou.
Caso renuncie ao cargo, Lopes deixar� o governo menos de 15 dias ap�s assumir o cargo. Ele tomou posse em 17 de mar�o. A SAC foi oferecida a ele pelo Pal�cio do Planalto em troca do apoio da bancada do PMDB de Minas Gerais � reelei��o de Picciani, aliado do governo, � lideran�a do partido na Casa. Ontem, a bancada mineira anunciou que rompeu com o governo federal.