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Estado de Minas

Cid Gomes protocola pedido de impeachment de Temer na C�mara

O pedetista se baseia em cita��es expl�citas nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato que envolvem suposto pagamento de propina e favorecimento ao PMDB e a Temer, presidente da sigla


postado em 01/04/2016 18:07 / atualizado em 01/04/2016 18:31

Cid defendeu mudanças na relação entre Executivo e Legislativo 'sob pena do País se tornar ingovernável'(foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Cid defendeu mudan�as na rela��o entre Executivo e Legislativo 'sob pena do Pa�s se tornar ingovern�vel' (foto: Zeca Ribeiro/C�mara dos Deputados)
Bras�lia - O ex-ministro da Educa��o e ex-governador do Cear�, Cid Gomes (PDT), protocolou na tarde desta sexta-feira na C�mara dos Deputados um novo pedido de investiga��o e impeachment do vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer. O pedetista se baseia em cita��es expl�citas nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato que envolvem suposto pagamento de propina e favorecimento ao PMDB e a Temer, presidente da sigla.

Este � o quarto pedido de impeachment protocolado contra o peemedebista. Os pedidos come�aram a ser apresentados no final de 2015. Dois j� foram indeferidos pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e um - do deputado Cabo Daciolo (sem partido-RJ) - aguarda aprecia��o. O ex-governador pede para que o pedido seja analisado pelo vice-presidente da Casa, Waldir Maranh�o (PP-MA), porque Cunha tamb�m � investigado na Lava-Jato e ambos integram o mesmo partido. Tamb�m nesta sexta-feira o advogado mineiro Mariel Marley Marra fez um pedido ao Supremo Tribunal de Justi�a (STF) de desarquivamento de pedido de impeachment de Temer.

Cid disse que veio como cidad�o comum pedir a apura��o das den�ncias envolvendo Temer, ao qual acusa de crime de responsabilidade. No documento, o ex-ministro inclui o termo de colabora��o premiada do doleiro Alberto Youssef e do senador Delc�dio Amaral (sem partido-MS) e informa��es sobre suposto repasse de R$ 5 milh�es da empreiteira OAS para Temer. Cid n�o aborda den�ncia de crime de responsabilidade fiscal por considerar que as chamadas "pedaladas fiscais" s�o "artif�cios cont�beis v�lidos". "N�o h� nenhum dolo, nenhum crime de responsabilidade nisso", justificou.

Sobre as declara��es do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Lu�s Roberto Barroso, em que comenta uma eventual ascens�o do PMDB ao poder, Cid demonstra concord�ncia. "Quem melhor descreve isso � o ministro Barroso. S�o essas as alternativas que o Brasil tem? Certamente n�o podemos esperar de uma gest�o que tem a frente Michel Temer, presidente de um partido que � o precursor, o aperfei�oador de uma pr�tica de achaque do servi�o p�blico nacional, n�o podemos esperar do comando de um partido desse uma boa gest�o", afirmou. Na avalia��o do ex-governador, o PMDB foi respons�vel por instaurar a pr�tica do fisiologismo no Pa�s, o que vem sendo copiado por outros partidos.

Na �ltima vez que esteve na C�mara, no ano passado como ministro, Cid apontou em plen�rio supostos "achacadores" do governo, entre eles Cunha. Segundo ele, havia na Casa pessoas que se aproveitam da dificuldade do governo para cobrar mais. "De l� para c�, o que tem sido apurado � que eu estava absolutamente correto. H� aqui uma pr�tica de achaque. Eu penso que o Executivo acaba sendo muito mais v�tima do que protagonista do balc�o de neg�cios", declarou o ex-ministro ao comentar as negocia��es de cargos no governo no momento em que a presidente Dilma Rousseff est� em vias de ser afastada pelo Congresso. Cid defendeu mudan�as na rela��o entre Executivo e Legislativo "sob pena do Pa�s se tornar ingovern�vel".

Cid escolheu este momento para apresentar um pedido de afastamento de Temer por considerar que o processo contra a petista est� tramitando rapidamente e por se preocupar "com o dia seguinte" do impeachment de Dilma. "Isso me apavora. Eu, pessoalmente, tenho um conceito de que Dilma � uma pessoa s�ria, honesta e bem intencionada. O seu governo tem muitas dificuldades, precisa de muitos ajustes, eu sou cr�tico a muitas coisas que acontecem no governo. Agora, n�o vai ser substituindo a Dilma por Michel Temer e por sua turma que a gente vai ter a possibilidade de melhora no Pa�s. N�o h� esperan�a, sinceramente", completou.

O ex-ministro disse que um "ajuntamento" entre PMDB e PSDB n�o visa melhorar o Pa�s, e que a aproxima��o das siglas � uma "conspira��o para chegarem por via indireta ao poder". Ele afirmou que � o momento de se fazer tudo para defender a democracia.

Para Cid, passada a crise, Dilma deveria se dedicar a "desarmar a pol�tica que hoje tem sido um empecilho � governabilidade". "Sem ambiente de tranquilidade na pol�tica, ningu�m, por mais competente que seja, vai dar conta disso", finalizou.


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