Para definir qualquer futuro cen�rio no plen�rio da C�mara, s�o necess�rios dois ter�os dos votos (342). “Queremos ter uma margem boa para a vota��o. Tem muito deputado sob press�o do governo, cerca de 30 ainda est�o indecisos”, disse o l�der do Solidariedade, Genecias Noronha (CE). A estrat�gia da oposi��o ao Planalto � justamente convencer os indecisos.
Presidente do Solidariedade, o deputado Paulinho da For�a (SP) anunciou inclusive que na pr�xima quinta-feira (7) divulgar� o ranking de parlamentares favor�veis, contr�rios e indecisos. “Estamos na reta final e � preciso que popula��o saiba como seu deputado est� votando. Estamos fazendo mapeamento de um por um e vamos colocar carro de som onde eles tem voto”, disse.
Paulinho criticou a ocupa��o de cargos do Executivo neste per�odo e acusou o governo de oferecer pagamento a parlamentares que se declararam favor�veis ao impedimento de Dilma para que n�o compare�am na sess�o de vota��o. “Os parlamentares que est�o no troca-troca t�m que saber que o governo oferece mas n�o cumpre. Pagar R$ 400 mil para um deputado ficar em casa e n�o vir votar? Ontem eles ofereceram R$ 2 milh�es”, afirmou. O parlamentar garante que tem os nomes de quem recebeu a oferta, mas assessores de Paulinho afirmaram que estes nomes s� ser�o revelados quando avaliarem a “melhor forma de denunciar esta extors�o”.
Andamento
� Ag�ncia Brasil, o l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE), disse que n�o rebateria “essa baixaria”. Com a voz nitidamente irritada diante da acusa��o, Guimar�es classificou a den�ncia como um ato de desespero. “Isto � desespero. Se tem um governo republicano � o da presidente Dilma. Eles est�o desesperados para aprovar o golpe”, sintetizou.
O pedido de impeachment ainda est� em an�lise na comiss�o especial criada para analisar o processo. A expectativa � que o relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), apresente seu parecer amanh� (6). Com o texto em m�os, o colegiado espera que a base aliada pe�a vistas para analisar o documento no prazo de duas sess�es e retome o debate na pr�xima sexta-feira (8) para que o parecer seja votado at� a pr�xima segunda-feira (11) e encaminhado para o plen�rio da Casa.
Hoje, um dia depois da entrega da defesa de Dilma pelo advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, que negou que haja crime de responsabilidade e fundamento jur�dico para o impeachment, o deputado Danilo Forte entregou ao relator do processo documentos que, segundo ele, comprovam “pedaladas fiscais”. Entre os documentos est�o of�cios assinados pelo ent�o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e pelo secret�rio do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, “que reconhecem a realiza��o da opera��o sem a devida aprova��o por parte do Congresso”, afirmou.