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Estado de Minas

C�pula do PSDB foca no afastamento de Dilma

Partido descarta novas elei��es e decide blindar o vice-presidente Michel Temer de ataques do governo e do PT


postado em 09/04/2016 06:00 / atualizado em 09/04/2016 10:00

Com apoio de outras siglas, tucanos defenderam a interrupção do governo Dilma pela via constitucional(foto: Jonathan Melo/Divulgação)
Com apoio de outras siglas, tucanos defenderam a interrup��o do governo Dilma pela via constitucional (foto: Jonathan Melo/Divulga��o)
S�o Paulo - A uma semana da data prevista para a vota��o do impeachment da presidente Dilma Rousseff na C�mara dos Deputados, a c�pula do PSDB se reuniu nesta sexta-feira (08/04) em S�o Paulo para dar uma demonstra��o de unidade, sepultar a tese de novas elei��es e referendar o apoio a Michel Temer (PMDB) e defender o vice-presidente dos ataques do PT e dos governistas. O encontro ocorreu em um momento de turbul�ncia interna do partido. O governador Geraldo Alckmin enfrenta um racha sem precedentes em S�o Paulo devido ao apoio que deu ao empres�rio Jo�o Doria nas pr�vias da capital e os tucanos divergem sobre a participa��o em um eventual Minist�rio de Michel Temer. O senador A�cio Neves (MG), presidente do PSDB, o ex -presidente Fernando Henrique Cardoso, os senadores Aloysio Nunes e Jos� Serra, os governador Beto Richa (PR) e Pedro Taques (MT), al�m de parlamentares tucanos, se reuniram no Pal�cio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Durante o encontro, os tucanos decidiram retirar de uma vez por todas a proposta de realizar novas elei��es e selar o apoio total � “solu��o Temer”. No fim do ano passado, �s v�speras do recesso parlamentar, as principais lideran�as do PSDB no Congresso anunciaram que a melhor sa�da para a crise pol�tica seria a realiza��o de novas elei��es, e n�o apenas o impeachment de Dilma. Essa ainda � a bandeira da ex-ministra Marina Silva (Rede), um dos nomes mais lembrados pelo eleitor neste momento. Embora os discursos dos tucanos no Congresso j� demonstrassem nova estrat�gia ret�rica, a posi��o partid�ria n�o havia mudado oficialmente at� a reuni�o de ontem na capital paulista.

Alckmin ressaltou que o momento � de “unidade” em benef�cio do povo brasileiro. “O quadro pol�tico � de extrema gravidade e precisa ser aliviado. A popula��o brasileira quer mudan�a. N�s temos lado: o lado da mudan�a”. Motivo de diverg�ncia interna, o debate sobre a participa��o do PSDB com cargos em um eventual governo Temer foi adiada para depois da vota��o do impedimento. Entusiasta de um apoio mais efetivo do PSDB a um novo governo, Jos� Serra n�o participou da entrevista coletiva ap�s o evento.

‘ABSURDO’
Sobre a tese de realizar novas elei��es gerais, que hoje � defendida por parte do PMDB e ventilada por setores do governo, o PSDB foi un�nime. O secret�rio geral do partido, deputado Silvio Torres (SP), classificou como “absurda” a proposta. “N�o h� a menor chance de realizar elei��es gerais”, afirmou ele. Terminada reuni�o, A�cio seguiu com uma comitiva de deputados para um evento organizado pela For�a Sindical, tamb�m em S�o Paulo, que teve com um dos objetivos principais dar apoio ao vice-presidente Michel Temer, que � alvo de um pedido de impeachment na C�mara dos Deputados. “O impeachment (de Dilma Rousseff) n�o era a primeira op��o de muitos de n�s tucanos. Sempre achamos que a realiza��o de novas elei��es a partir do TSE talvez fosse o caminho que legitimasse de forma mais adequada um novo governo, afirmou A�cio.

“Mas hoje h� uma converg�ncia em raz�o da necessidade de essa mudan�a acontecer rapidamente. N�o se sabe o que acontecer� no TSE nem quando. O impeachment est� nas nossas m�os”, completou o senador. Para os l�deres da oposi��o no Congresso, o momento agora � de “defender” Temer dos “ataques” dos petistas.

Doa��o � legenda foi legal, diz A�cio
Em encontro promovido pela For�a Sindical, em S�o Paulo, o senador A�cio Neves (PSDB) negou que sua campanha � Presid�ncia da Rep�blica em 2014 tenha recebido dinheiro de obras superfaturadas. Em dela��o premiada, executivos da Andrade Gutierrez informaram que recursos provenientes de obras superfaturadas no governo abasteceram a campanha de Dilma Rousseff. A empresa fez doa��es oficiais tamb�m ao tucano, que n�o foi citado na dela��o.

Questionado sobre o assunto, o senador foi taxativo: “S� se eu tivesse pedido para a Petrobras arrumar uma obra para ela (minha campanha). Uma coisa � financiamento de campanha, outra � eu achar que o PT tem que responder �s acusa��es que lhe s�o feitas. Recebemos de v�rias empresas, mas, n�o se esque�a, n�s somos oposi��o. Que influ�ncia ter�amos nesses benef�cios dessas empresas? Ao contr�rio, isso n�o est� sendo sequer questionado”, disse A�cio.

O tucano tamb�m descartou a possibilidade de o PSDB deixar de defender o impeachment e recorrer ao TSE. Mais cedo, A�cio se encontrou com l�deres tucanos para unificar o discurso a favor do afastamento de Dilma: “O impeachment n�o era a primeira op��o de muitos de n�s tucanos. Sempre achamos que novas elei��es, a partir da decis�o do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), talvez fossem o caminho que legitimasse de forma mais adequada um novo governo. Mas hoje h� uma converg�ncia em raz�o da necessidade dessa mudan�a acontecer rapidamente. N�o se sabe o que acontecer� no TSE, nem quando. O impeachment est� nas nossas m�os. � a possibilidade de um distensionamento e, de quem sabe, de um governo emergencial que possa avan�ar na dire��o de algumas reformas. Somos 100% a favor do impeachment.

Ele tamb�m destacou que os governadores do PSDB v�o buscar apoio ao impeachment, em suas bases aliadas, de partidos que ainda n�o se posicionaram. “N�o temos o que oferecer, como o governo que oferece cargos. N�o transformaremos essa disputa num mercado persa, como tem feito o governo. Vamos simplesmente dizer: o Brasil merece uma nova chance.”

 

 

 


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