S�o Paulo - Dois laudos periciais da Pol�cia Federal, um de engenharia e outro cont�bil, listaram R$ 292,5 milh�es em doa��es eleitorais e partid�rias do grupo entre 2008 e 2014, pagamentos suspeitos feitos a empresas usadas para lavar dinheiro de operadores de propinas e repasses para offshores (empresas com sede fora do pa�s) e os potenciais danos financeiros causados ao cofres p�blicos. Os documentos foram anexados nesta semana aos autos da Opera��o Lava-Jato que apuram o envolvimento da empreiteira Andrade Gutierrez no esquema de cartel e corrup��o na Petrobras.
"Tendo em vista que as investiga��es realizadas no �mbito da Opera��o Lava-Jato indicam que foram utilizadas empresas de presta��o de servi�os (consultoria, advocacia, engenharia e correlatas) para viabilizar pagamentos indevidos a funcion�rios da Petrobras e a agentes p�blicos, e considerando que pagamentos realizados pela Construtora Andrade Gutierrez a empresas investigadas por lavagem de capitais ou a partidos pol�ticos e a agentes p�blicos foram contabilizados, primordialmente, em contas cont�veis de 'doa��es', 'alugu�is' e 'presta��o de servi�os por pessoa jur�dica', 'procedeu-se � compila��o dos principais pagamentos realizados atrav�s dessas rubricas cont�beis", informa o laudo 10/2016, da PF, em Curitiba.
Executivos da Andrade Gutierrez fecharam acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal em que decidiram contar o envolvimento no cartel, pagamentos de propina e oculta��o de valores por meio de doa��es eleitorais e partid�rias oficiais. Al�m de Petrobras, se comprometerem a fornecer detalhes sobre obras do setor energ�tico, como a Usina Hidrel�trica de Belo Monte, e constru��es de est�dios para a Copa.
Em apenas quatro maiores obras da estatal petrol�fera em que participou, a PF apontou um preju�zo de pelo menos R$ 1,9 bilh�o para os cofres p�blicos, por conta da majora��o de pre�os e do cartel montado pelo chamado "Clube dos 16" - maiores empreiteiras do Pa�s. Os dados s�o do laudo 158/2016.
No quesito doa��es, o PT � o partido que aparece com maior volume de recursos recebidos, R$ 91 milh�es - equivalente a 31%. O PSDB � o segundo com R$ 72 milh�es (24%), seguido do PMDB, com R$ 63 milh�es (21%). S�o dados lan�ados oficialmente pela Andrade Gutierrez.
O laudo 10/2016, que lista as doa��es, � de 25 de fevereiro e foi elaborado pelos peritos criminais federais Daniel Paiva Scarparo, Audrey Jones de Souza e Ivan Roberto Ferreira Pinto. Ele toma como base os dados oficiais lan�ados na contabilidade da empresa, a partir da quebra do sigilo feita pela Receita Federal.
Dos R$ 292,5 milh�es doados pela Andrade Gutierrez, R$ 104 milh�es circularam pela conta cont�bil "Overhead", que � considerada um caminho para pagamentos de valores para empresas usadas para lavagem de dinheiro da Petrobras.
Offshores
O laudo lista ainda pagamentos para empresas fora do pa�s, as offshores. Constitu�das legalmente, o interesse da Lava-Jato s�o nas que possam ter sido usadas para ocultar propina e outros pagamentos irregulares.
Cartel
O laudo foi produzido com base em quebras de sigilos banc�rios de empresas que s�o investigadas "no �mbito da Opera��o Lava-Jato pela pr�tica de lavagem de capitais e/ou pelo recebimento dissimulado de recursos". Foram identificadas movimenta��es de 12 delas.
A Legend Engenheiros Associados, do operador de propinas Adir Assad, recebeu R$ 125 milh�es, em 174 opera��es entre 2006 e 2012. Outra empresa ligada a ele, a S.P Terraplanagem Ltda recebeu outros R4 7,3 milh�es.
Outro operador de propinas que recebeu valores da Andrade Gutierrez por empresas usadas para lavagem de dinheiro foi Fernando Antonio Soares, o Fernando Baiano - que virou delator da Lava-Jato. A Technis Planejamento e Gest�o em Neg�cios Ltda movimentou R$ 2,96 milh�es em cinco transa��es entre 2007 e 2008.
A empresa de outro operador de propinas que virou delator aparece na lista, a Riomarine Oil e G�s Engenharia e Empreendimentos Ltda, de M�rio G�es, que recebeu R$ 4,96 milh�es, em 30 opera��es entre 2007 e 2009.
Com a palavra, a Andrade Gutierrez
A empreiteira Andrade Gutierrez, procurada por meio de sua assessoria de imprensa, informou que n�o iria comentar o caso.
Os principais executivos da empresa est�o colaborando com as investiga��es, ap�s dela��o premiada ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa negocia tamb�m acordo de leni�ncia com o Minist�rio P�blico Federal.
"Tendo em vista que as investiga��es realizadas no �mbito da Opera��o Lava-Jato indicam que foram utilizadas empresas de presta��o de servi�os (consultoria, advocacia, engenharia e correlatas) para viabilizar pagamentos indevidos a funcion�rios da Petrobras e a agentes p�blicos, e considerando que pagamentos realizados pela Construtora Andrade Gutierrez a empresas investigadas por lavagem de capitais ou a partidos pol�ticos e a agentes p�blicos foram contabilizados, primordialmente, em contas cont�veis de 'doa��es', 'alugu�is' e 'presta��o de servi�os por pessoa jur�dica', 'procedeu-se � compila��o dos principais pagamentos realizados atrav�s dessas rubricas cont�beis", informa o laudo 10/2016, da PF, em Curitiba.
Executivos da Andrade Gutierrez fecharam acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal em que decidiram contar o envolvimento no cartel, pagamentos de propina e oculta��o de valores por meio de doa��es eleitorais e partid�rias oficiais. Al�m de Petrobras, se comprometerem a fornecer detalhes sobre obras do setor energ�tico, como a Usina Hidrel�trica de Belo Monte, e constru��es de est�dios para a Copa.
Em apenas quatro maiores obras da estatal petrol�fera em que participou, a PF apontou um preju�zo de pelo menos R$ 1,9 bilh�o para os cofres p�blicos, por conta da majora��o de pre�os e do cartel montado pelo chamado "Clube dos 16" - maiores empreiteiras do Pa�s. Os dados s�o do laudo 158/2016.
No quesito doa��es, o PT � o partido que aparece com maior volume de recursos recebidos, R$ 91 milh�es - equivalente a 31%. O PSDB � o segundo com R$ 72 milh�es (24%), seguido do PMDB, com R$ 63 milh�es (21%). S�o dados lan�ados oficialmente pela Andrade Gutierrez.
O laudo 10/2016, que lista as doa��es, � de 25 de fevereiro e foi elaborado pelos peritos criminais federais Daniel Paiva Scarparo, Audrey Jones de Souza e Ivan Roberto Ferreira Pinto. Ele toma como base os dados oficiais lan�ados na contabilidade da empresa, a partir da quebra do sigilo feita pela Receita Federal.
Dos R$ 292,5 milh�es doados pela Andrade Gutierrez, R$ 104 milh�es circularam pela conta cont�bil "Overhead", que � considerada um caminho para pagamentos de valores para empresas usadas para lavagem de dinheiro da Petrobras.
Offshores
O laudo lista ainda pagamentos para empresas fora do pa�s, as offshores. Constitu�das legalmente, o interesse da Lava-Jato s�o nas que possam ter sido usadas para ocultar propina e outros pagamentos irregulares.
Cartel
O laudo foi produzido com base em quebras de sigilos banc�rios de empresas que s�o investigadas "no �mbito da Opera��o Lava-Jato pela pr�tica de lavagem de capitais e/ou pelo recebimento dissimulado de recursos". Foram identificadas movimenta��es de 12 delas.
A Legend Engenheiros Associados, do operador de propinas Adir Assad, recebeu R$ 125 milh�es, em 174 opera��es entre 2006 e 2012. Outra empresa ligada a ele, a S.P Terraplanagem Ltda recebeu outros R4 7,3 milh�es.
Outro operador de propinas que recebeu valores da Andrade Gutierrez por empresas usadas para lavagem de dinheiro foi Fernando Antonio Soares, o Fernando Baiano - que virou delator da Lava-Jato. A Technis Planejamento e Gest�o em Neg�cios Ltda movimentou R$ 2,96 milh�es em cinco transa��es entre 2007 e 2008.
A empresa de outro operador de propinas que virou delator aparece na lista, a Riomarine Oil e G�s Engenharia e Empreendimentos Ltda, de M�rio G�es, que recebeu R$ 4,96 milh�es, em 30 opera��es entre 2007 e 2009.
Com a palavra, a Andrade Gutierrez
A empreiteira Andrade Gutierrez, procurada por meio de sua assessoria de imprensa, informou que n�o iria comentar o caso.
Os principais executivos da empresa est�o colaborando com as investiga��es, ap�s dela��o premiada ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa negocia tamb�m acordo de leni�ncia com o Minist�rio P�blico Federal.