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Estado de Minas

Minist�rio P�blico do DF quer ajuda de delator para investigar Lula

�rg�o em Bras�lia abriu inqu�rito no ano passado para apurar a atua��o de Lula como "lobista" internacional da Odebrecht


postado em 24/04/2016 08:13 / atualizado em 24/04/2016 08:50

(foto: AFP / CHRISTOPHE SIMON )
(foto: AFP / CHRISTOPHE SIMON )

Bras�lia, 24 - O Minist�rio P�blico Federal em Bras�lia quer usar um poss�vel acordo de dela��o premiada de executivos da Odebrecht para avan�ar nas investiga��es sobre suposto tr�fico de influ�ncia praticado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em favor da empreiteira.

A inten��o da Procuradoria da Rep�blica no Distrito Federal � que os empres�rios detalhem eventuais irregularidades cometidas pelo petista ao fazer gest�es para que a construtora obtivesse obras em outros pa�ses e cr�dito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

O MPF em Bras�lia abriu inqu�rito no ano passado para apurar a atua��o de Lula como "lobista" internacional da Odebrecht. O caso est� a cargo de um grupo de procuradores do N�cleo de Combate � Corrup��o no DF. Um dos focos da investiga��o s�o as viagens do ex-presidente para Am�rica Latina e �frica, bancadas pela empreiteira, a t�tulo de falar em eventos. Ap�s as visitas do petista, a construtora teria obtido financiamento do BNDES para obras nesses pa�ses. A suspeita dos investigadores � de que ele obteve "vantagens" em troca, na forma de doa��es ao Instituto Lula e contratos para palestras.

Em depoimento ao Minist�rio P�blico em Bras�lia, Lula argumentou que mandat�rios e ex-mandat�rios "do mundo inteiro defendem as empresas de seus pa�ses no exterior". Ele sustenta que todas as suas palestras est�o declaradas e contabilizadas, com os devidos impostos pagos, e que "jamais interferiu na autonomia do BNDES e nas decis�es do banco sobre concess�es de empr�stimos". O BNDES nega qualquer tipo de irregularidades em opera��es da institui��o.

O interesse numa colabora��o j� foi comunicado informalmente por um dos procuradores que atuam em Bras�lia a um advogado da Odebrecht. Os investigadores, contudo, pretendem aguardar o resultado das negocia��es entre a empreiteira e os colegas da Procuradoria da Rep�blica no Paran�, respons�vel pela Opera��o Lava Jato.

O grupo de Curitiba investiga se a Odebrecht e a OAS pagaram vantagens indevidas a Lula e seus familiares com recursos desviados de obras da Petrobr�s. As empreiteiras bancaram reformas e a compra de m�veis para um tr�plex no Guaruj� e um s�tio em Atibaia. O petista nega irregularidades.

Desde mar�o, quando anunciou a inten��o de firmar um acordo de dela��o premiada com a Lava Jato, a Odebrecht est� em tratativas com a for�a-tarefa do Paran�. Conforme fonte com acesso �s negocia��es, n�o houve, por ora, um consenso sobre quais temas ser�o explorados. Caso os executivos da empreiteira aceitem falar sobre a atua��o internacional de Lula, os procuradores de Bras�lia pretendem pedir o compartilhamento das informa��es.

Para eles, se a Lava Jato n�o o fizer, aprofundando-se sobre o caso, h� risco de um conflito de compet�ncia. Uma das c�maras da Procuradoria-Geral da Rep�blica definiu no ano passado que a investiga��o sobre o suposto tr�fico de influ�ncia de Lula no BNDES ficaria a cargo do MPF em Bras�lia. J� h� um juiz prevento, ao qual cabe tratar das demandas do caso. "Se Curitiba negociar algum benef�cio para os investigados, o juiz daqui poderia, inclusive, n�o aceitar", diz um dos procuradores do DF. "Curitiba n�o pode ser um ju�zo universal", acrescenta outro investigador.

A Odebrecht anunciou em mar�o uma mudan�a na sua linha de defesa e admitiu pela primeira vez colaborar com a Lava Jato. A decis�o veio ap�s a Opera��o Xepa, que desvendou os caminhos da propina paga pela empreiteira, que � a maior do Pa�s. A negocia��o visa salvar contratos com o poder p�blico, por meio de um acordo de leni�ncia, e obter benef�cios para os executivos implicados.

O presidente afastado do grupo, Marcelo Odebrecht, est� preso desde junho do ano passado e j� foi condenado a 19 anos de pris�o por envolvimento no esquema de corrup��o na Petrobr�s. Outros quatro ex-dirigentes da empreiteira tamb�m foram condenados.


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