A miss�o do quarteto � reerguer a economia, que caminha para seu segundo ano de retra��o. Serra ser� incumbido de fortalecer as exporta��es, por meio de acordos comerciais com os principais mercados do mundo. A avalia��o na equipe de Temer � de que a pol�tica externa das administra��es petistas foi equivocada, ao priorizar os pa�ses emergentes.
J� o papel de Moreira Franco, que n�o ter� status de ministro na estrutura enxuta formulada por Temer, � trazer para o Brasil os recursos que est�o circulando no mundo � cata de bons neg�cios. Ser� um programa inspirado no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-1961), que estabelecia objetivos para investimentos em infraestrutura e a industrializa��o.
Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, h� uma carteira de R$ 31,2 bilh�es em concess�es de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos que podem ir a leil�o este ano. Moreira acha, por�m, que � preciso criar um ambiente mais amig�vel � iniciativa privada para que esses empreendimentos deslanchem. Coisas como fixa��o de taxas de retorno e excesso de interven��o do Estado dever�o ser eliminadas.
Convite
A melhoria do ambiente passa tamb�m pela defini��o dos ocupantes da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central. Na pr�xima semana, Temer pretende formalizar o convite para que Meirelles ocupe a Fazenda, como sua cota pessoal. Ex-presidente do Banco de Boston e executivo com longa carreira no mercado financeiro, ele � considerado uma grife importante para dar seguran�a ao investidor externo. Meirelles escolher� o presidente do BC, porque Temer quer uma equipe azeitada.
O time dever� ser completado pelo senador Romero Juc� (PMDB-RR), que ficar� num Planejamento fortalecido. A pasta tende a ganhar o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), hoje no Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior. Essa pasta ser� desmontada, para a parte do com�rcio exterior migrar para o Itamaraty de Serra.
Juc� foi escalado por duas raz�es: conhece temas fiscais, por j� ter sido relator do projeto de lei do Or�amento, mas principalmente pela capacidade de negociar no Congresso. Caber� a ele obter aprova��o para as medidas duras de ajuste nas contas p�blicas. De sa�da, Temer precisar� de autoriza��o do Congresso para fechar as contas de 2016 com um rombo pr�ximo a R$ 100 bilh�es. O governo Temer planeja medidas de redu��o nos gastos e n�o est� descartado o apoio � recria��o da Contribui��o Provis�ria sobre a Movimenta��o Financeira (CPMF).
Ciente de que vai herdar uma "terra arrasada" ao assumir o governo, Temer est� particularmente preocupado com a Caixa. N�o sabe o que encontrar� numa institui��o que foi instrumento de pol�ticas como o Minha Casa Minha Vida e o Minha Casa Melhor, que financiava a compra de eletrodom�sticos, e alvo de "pedaladas" para o pagamento de benef�cios como o abono e o seguro-desemprego.
H� tamb�m preocupa��o com a Petrobras, onde operou o esquema de desvio de recursos investigado pela Opera��o Lava Jato. Segundo interlocutores, o vice gosta do trabalho do atual presidente, Aldemir Bendine, mas considera que n�o h� condi��es pol�ticas para mant�-lo. Temer pretende alterar o marco regulat�rio do pr�-sal, tamb�m com o objetivo de atrair investimentos externos para o Pa�s.