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Estado de Minas

Primeiro escal�o de eventual governo Temer aposta na experi�ncia

Entre os cotados para assumir o primeiro escal�o em um eventual governo de Michel Temer est�o nomes que j� passaram pela Esplanada ou postos-chave de administra��es anteriores


postado em 01/05/2016 06:00 / atualizado em 01/05/2016 07:43

(foto: EVARISTO SA)
(foto: EVARISTO SA)
Com a possibilidade cada vez mais concreta de assumir a cadeira da presidente Dilma Rousseff (PT), caso o Senado Federal confirme o afastamento tempor�rio da petista por at� 180 dias no dia 11 de maio, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) d� mostras de que, em meio a uma das maiores crises econ�micas e pol�ticas vividas pelo Brasil, vai se escorar na experi�ncia de nomes que j� passaram pela Esplanada dos Minist�rios. Entre os que est�o sendo procurados ou cotados para assumir pap�is importantes em uma eventual gest�o peemedebista est�o ex-ministros e dirigentes de postos-chave nos governos dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e at� da sua companheira de chapa Dilma Rousseff.


Para a �rea econ�mica, uma das mais cr�ticas diante da atual situa��o brasileira, Temer aposta em uma dobradinha entre o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles, como ministro da Fazenda, e o economista-chefe do Unibanco, Ilan Goldfajn, como presidente do pr�prio BC. Apesar de tucano, Meirelles dirigiu o BC nos oito anos de governo Lula, tendo assumido o cargo em situa��o de dificuldades financeiras. J� Goldfajn, apresentado a Meirelles recentemente, foi diretor de pol�tica monet�ria do BC na gest�o de Arminio Fraga, presidente da institui��o no governo Fernando Henrique Cardoso. Temer � pr�ximo tamb�m do presidente do Banco Ita�, Roberto Set�bal.

O nome do senador tucano Jos� Serra tamb�m chegou a ser falado para a Fazenda, mas h� resist�ncias dentro do pr�prio PSDB. Uma ala teme que ele se fortale�a para uma nova candidatura � Presid�ncia da Rep�blica, sendo que j� h� dois cotados na legenda, o governador Geraldo Alckmin e o senador A�cio Neves. Serra, por�m deve ter lugar certo no governo Temer. A expectativa � de que ele fique na Educa��o e Cultura. O tucano tamb�m foi ministro de FHC, ocupando a pasta da Sa�de.

Outro que deve voltar � Esplanada � o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), e para a mesma pasta. Ele se demitiu do Minist�rio das Cidades em 15 de abril, depois de comand�-lo desde o final de 2014. Aliado de Dilma nesse per�odo, o fundador do PSD rompeu com a petista em meio ao processo de impeachment e orientou o partido a votar a favor do afastamento da presidente. � o minist�rio com um dos maiores or�amentos e penetra��o nas prefeituras. Por isso, � um dos mais cobi�ados pelos partidos.

Para a Casa Civil, Temer quer colocar o senador Eliseu Padilha (PMDB-RS), que foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique e da Avia��o Civil na gest�o de Dilma Rousseff. Padilha entregou a carta de demiss�o a Dilma em dezembro, tamb�m em meio � tramita��o do pedido de impeachment da petista. Da mesma forma, voltar� a ocupar um minist�rio Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que foi o titular da Integra��o Nacional a convite do ex-presidente Lula. Respons�vel pela resolu��o que acabou aprovada, determinando o rompimento do PMDB com o governo Dilma, ele deve ser ministro da Secretaria de Governo.

Para a Secretaria Especial de Investimentos, ligada � Presid�ncia, o cotado � o ex-ministro Moreira Franco. Ele foi ministro da Secretaria de Assuntos Estrat�gicos de Dilma entre 2011 e 2013. Depois ocupou a pasta da Avia��o Civil, na qual ficou at� 2015. Outro ex-ministro que deve voltar � pasta que ocupou anteriormente � o mineiro Roberto Brant, um dos respons�veis pela elabora��o do documento “Uma ponte para o futuro”, que cont�m as propostas de Temer. Ele deve reassumir o Minist�rio da Previd�ncia, que comandou no governo Fernando Henrique. O peemedebista Henrique Eduardo Alves, que foi ministro do Turismo de Dilma, tamb�m pode ser ministro da mesma �rea de Temer. Outro do PMDB que pode assumir uma vaga � Romero Juc�, que foi ministro da Previd�ncia de Lula e deixou o cargo em 2005 por suspeita de corrup��o. Agora, � cotado para o Planejamento.

Justi�a � escolha ‘dif�cil’

Ap�s naufragar a indica��o do advogado Ant�nio Cl�udio Mariz de Oliveira para o Minist�rio da Justi�a, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) tem dito a seus auxiliares mais pr�ximos que considera a escolha para a pasta “mais dif�cil e delicada” que dever� fazer para a forma��o do seu eventual governo. Ele busca um nome capaz de evitar suspeitas de que poder� haver qualquer interfer�ncia na Opera��o Lava-Jato.

Nesse caso, o primeiro passo � buscar uma boa rela��o com o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. Indicado e reconduzido a pedido da presidente Dilma Rousseff, Janot tem rela��o apenas “formal e institucional” com Temer. Para auxiliares do vice, “isso ajuda mais do que atrapalha”, j� que pol�ticos citados nas investiga��es n�o poder�o cobrar dele qualquer gest�o ou a��o nem a favor nem contra Janot. Segundo o n�cleo duro de Temer, o ex-ministro da Justi�a e atual advogado-geral da Uni�o Jos� Eduardo Cardozo errou ao deixar transparecer sua proximidade com o procurador-geral da Rep�blica. Por causa disso, Cardozo sempre foi criticado pela oposi��o, pelo governo e pelo PT.

No Supremo Tribunal Federal (STF), Temer precisa reconstruir sua rela��o se o Senado confirmar a decis�o da C�mara de dar continuidade ao processo de impeachment e afastar Dilma do cargo. Apesar de os ministros da Corte terem aprovado o rito do impeachment, parte do colegiado ainda tem d�vida sobre a capacidade de o vice formar um governo est�vel capaz de tirar o pa�s da crise.

No come�o deste ano, Mariz foi um dos signat�rios da chamada Carta de Rep�dio a Abusos da Lava-Jato. Falando como se j� tivesse sido nomeado, ele chegou a afirmar que a legisla��o sobre dela��o premiada deveria sofrer altera��es. O advogado deixou de ser uma op��o para o Minist�rio da Justi�a t�o logo as declara��es vieram a p�blico.

Quem � quem

Confira os nomes mais cotados e quais partidos est�o de olho nos minist�rios do governo Temer

n Casa Civil
» Eliseu Padilha, ministro dos Transportes no governo FHC e da Avia��o Civil do governo Dilma

n Fazenda
» Henrique Meirelles, presidente do Banco Central no governo Lula

n Banco Central
» Ilan Goldfajn, economista-chefe do Ita�-Unibanco e diretor de pol�tica monet�ria do BC no governo FHC

n Planejamento
» Romero Juc�, senador, l�der do governo Lula no Senado e ministro da Previd�ncia do petista

n Educa��o e Cultura
» Jos� Serra, ex-governador de S�o Paulo, ex-prefeito da capital paulista e ministro da Sa�de          no governo FHC

n Secretaria de Governo
» Geddel Vieira Lima, ministro da Integra��o Nacional no governo Lula

n Secretaria Especial para Investimentos (ligado � Presid�ncia)
» Moreira Franco, presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es, ligada ao PMDB, ex-governador do Rio de Janeiro e ex-ministro da Avia��o Civil e de Assuntos Estrat�gicos no governo Dilma

n Sa�de
» Em tese ser� do PP

n Transportes e Portos
» A pasta, com a fus�o de dois minist�rios, ser� destinada ao PR. Pode ficar com Maur�cio Quintella Lessa, deputado federal

n Cidades
» Deve ficar com Gilberto Kassab (PSD), ex-ministro das Cidades no governo Dilma

n Minas e Energia
» Jos� Carlos Aleluia, deputado federal do DEM, � um dos cotados

n Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio
» Pode fundir com Planejamento. PTB quer mant�-lo

n Agricultura
» Hoje � do PMDB, com K�tia Abreu,mas PP est� de olho

n Previd�ncia
» Roberto Brant, ministro da Previd�ncia no governo FHC

n Trabalho
» Deve ficar com o Solidariedade (SD). Um dos nomes � o do deputado federal Paulinho da For�a

n Esporte e Turismo
» Henrique Eduardo Alves (PMDB), ex-presidente da C�mara dos Deputados e ex-ministro do Turismo no governo Dilma


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