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Estado de Minas

Lava-Jato aprofunda apura��o sobre corrup��o em compra de Pasadena


postado em 03/05/2016 09:01 / atualizado em 03/05/2016 09:18

S�o Paulo - A for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, em Curitiba, est� aprofundando as investiga��es sobre corrup��o e lavagem de dinheiro na compra e reforma da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos - caso emblem�tico da organiza��o criminosa instalada na Petrobras, que seria gerado preju�zo de US$ 792 milh�es segundo o Tribunal de Contas da Uni�o.

Per�cias criminais, an�lises no material apreendido na 20ª fase - batizada de Opera��o Corros�o -, e o recebimento da dela��o do senador Delc�dio Amaral (sem partido-MS), ex-l�der do governo, s�o elementos que servir�o para apontamento de que a organiza��o criminosa, j� condenada em contratos de obras de refinarias no Brasil, tamb�m seja imputada por crimes praticados no exterior, como a aquisi��o de Pasadena, nos Texas, em 2006.

Ex-executivo da Petrobras e membro do PT na �poca dos fatos, Delc�dio admitiu em sua dela��o premiada que a compra da refinaria envolveu corrup��o. Diz ter recebido US$ 1 milh�o de propina, referente ao neg�cio, para pagar d�vidas de campanha feitas em 2006. "De fato, recebeu US$ 1 milh�o", relata o termo de dela��o n�mero 12 de Delc�dio. "Soube, posteriormente, que a origem desses recursos teria advindo de propinas pagas a partir da compra da Refinaria de Pasadena, no valor global de US$ 15 milh�es."

Delc�dio diz que solicitou o dinheiro para os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerver� (Internacional) e Renato Duque (Servi�os). E que a opera��o contou ainda com a participa��o do operador de propinas Fernando "Baiano" Soares e de um amigo.

Corros�o


A primeira investiga��o da Lava-Jato, em Curitiba, no caso Pasadena aconteceu em novembro de 2015, quando a Pol�cia Federal deflagrou a Opera��o Corros�o, em refer�ncia � ferrugem encontrada na refinaria na �poca da compra e em alus�o � deteriora��o das rela��es de neg�cios da Petrobras.

Al�m da pris�o do ex-gerente-executivo da �rea internacional da Petrobras Roberto Gon�alves, integram o rol de investigados Rafael Mauro Comino (ex-gerente de Intelig�ncia de Mercado da �rea Internacional), Luis Carlos Moreira da Silva (ex-gerente executivo de Desenvolvimento de Neg�cios da Internacional) e Agosthilde M�naco de Carvalho, que foi homem de confian�a de Cerver� na diretoria.

O engenheiro tamb�m fez dela��o premiada e disse � for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal que o ex-diretor lhe disse que a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, poderia "honrar compromissos pol�ticos" do ent�o presidente da estatal Jos� S�rgio Gabrielli.

"De acordo com as informa��es fornecidas por Nestor Cerver�, este neg�cio atenderia ao interesse de Gabrielli em realizar o Revamp (Renova��o do Parque de Refino) e ao interesse da �rea internacional em adquirir a Refinaria", declarou M�naco. Segundo o delator, Cerver� afirmou que, antes mesmo do fechamento do contrato de compra de Pasadena, "o presidente Gabrielli j� havia indicado a Construtora Norberto Odebrecht para realizar o Revamp para 200.000 barris/dia".

"O diretor Nestor, em tom de desabafo, disse ao depoente que o presidente Gabrielli estava muito interessado em resolver o assunto e dar a obra do Revamp para a Odebrecht", relatou.

Na ocasi�o, a Odebrecht informou, via assessoria de imprensa, que foi procurada em 2006 pela Petrobras "sobre interesse em ser uma das empresas respons�veis pela moderniza��o da planta localizada nos EUA". A empresa diz ter manifestado "interesse em prestar o servi�o preferencialmente em cons�rcio com outra empresa do setor, como � de praxe e autorizado pela Petrobras". O Revamp n�o foi efetivado nem a contrata��o de empresas para o servi�o.

Procurado pela reportagem, o ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli n�o respondeu aos e-mails. Em outra ocasi�o, enviou nota em que negou irregularidades. “Reafirmo que a aquisi��o da Refinaria de Pasadena em 2006 foi uma opera��o coerente com o Plano de Neg�cios da Companhia, em vigor desde 1997, com orienta��es estrat�gicas para um mercado brasileiro de combust�veis, que n�o crescia desde aquele ano, mas tinha perspectivas de aumentar a produ��o do seu petr�leo Marlim", afirmou na nota, em que ressaltou mudan�as no mercado desde o in�cio do neg�cio at� 2015 e negou envolvimento em irregularidades. "Se algu�m se locupletou com opera��es fraudulentas relacionadas com a aquisi��o, que pague por seus erros, depois das investiga��es policiais e o devido processo legal. Corrup��o � um caso de pol�cia e como tal deve ser tratado, dentro dos marcos legais vigentes na democracia brasileira. Se houve comportamento inadequado de alguns, que se cumpra a Lei."


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