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Estado de Minas

Faculdade de Direito da UFMG amanhece ocupada por alunos contra impeachment


postado em 13/05/2016 10:50

Estudantes da UFMG contrários ao impeachment acampam no pártio da Faculdade de Direito(foto: Léo Rodrigues/Agência Brasil)
Estudantes da UFMG contr�rios ao impeachment acampam no p�rtio da Faculdade de Direito (foto: L�o Rodrigues/Ag�ncia Brasil)
O p�tio da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que re�ne os cursos de direito e de ci�ncias do Estado, amanheceu nesta sexta-feira (13) tomado por barracas de estudantes contr�rios ao afastamento de Dilma Rousseff da presid�ncia da Rep�blica. Eles come�aram nessa quinta-feira (12) uma ocupa��o e pretendem fazer debates e atos culturais no local.

Cerca de 50 alunos passaram a noite no p�tio. Eles se dividir�o em diversas comiss�es para cuidar de quest�es como seguran�a, alimenta��o e comunica��o. A mobiliza��o � coordenada pelo Centro Acad�mica Afonso Pena (CAAP), entidade representativa dos estudantes.

A presidenta do CAAP, Ana Carolina Oliveira, explica que n�o h� objetivo de atrapalhar as aulas e que se trata de uma ocupa��o cultural. A finalidade � marcar uma posi��o contra o processo de impeachment em curso no pa�s e a posse do presidente interino Michel Temer. "Entendemos que houve um golpe no pa�s e n�o vamos reconhecer esse novo governo."

A ocupa��o foi aprovada em uma assembleia realizada pelo CAAP no dia 4 de maio e que pretendia discutir o processo de impeachment. A realiza��o dessa assembleia chegou a ser proibida por uma liminar, concedida pela ju�za Moema Miranda Gon�alves, do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), decis�o que gerou uma rea��o negativa de professores, estudantes e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O CAAP denunciou a medida como censura. Seus advogados entraram com recurso e o desembargador Marco Aurelio Ferenzini derrubou a liminar. "Essa decis�o foi tida por muitos da comunidade jur�dica como uma das mais autorit�rias e antidemocr�ticas da nossa hist�ria", diz o advogado dos estudantes Henrique Napole�o.

A mobiliza��o ganhou o nome de Ocupa��o Mata Machado, em refer�ncia ao ex-presidente do CAAP, Jos� Carlos da Mata Machado, assassinado pela ditadura militar. De acordo com Ana Carolina, a diretoria da faculdade j� est� sabendo e n�o colocou nenhum empecilho. "Acho que todos estamos preocupados com o futuro da universidade p�blica. Com a volta das pol�ticas neoliberais, podemos ver novamente um processo de sucateamento do ensino superior", avalia. Procurado nesta manh�, o diretor da institui��o Fernando Gonzaga Jayme ainda n�o foi localizado.

A ocupa��o come�ou na noite de ontem com uma reuni�o, em que os estudantes puderam fazer uso livremente do microfone. Sabrina Carozzi, estudante de Ci�ncias do Estado, disse n�o compreender alguns colegas que apoiaram o impeachment. "O curso de ci�ncias do Estado nasceu com o Reuni, o programa de expans�o de vagas desenvolvido pelos governos de Lula [Luiz In�cio Lula da Silva] e Dilma. Se hoje estamos na universidade, devemos �s pol�ticas educacionais dos �ltimos anos, que promoveram inclus�o social", destacou.

Para a presidenta do CAAP, o futuro da ocupa��o vai depender da mobiliza��o dos estudantes. "Acredito que nesta sexta-feira mais estudantes ir�o se somar � ocupa��o. Vamos realizando assembleias para deliberar se continuamos. No fim do dia, teremos uma assembleia."

Anastasia

Em outra delibera��o da Assembleia do dia 4 de maio, os estudantes decidiram convidar para um encontro o senador Antonio Anastasia, relator do processo favor�vel � admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Eles querem ouvir explica��es sobre o relat�rio apresentado pelo parlamentar. Anastasia � professor licenciado da Faculdade de Direito da UFMG.

Uma carta foi encaminhada ao senador, mas ainda n�o houve resposta. No texto, tamb�m assinado por professores da institui��o, os estudantes defendem que as den�ncias apresentadas contra a presidenta afastada Dilma Rousseff n�o s�o consideradas crime de responsabilidade e n�o justificam o afastamento. "Esse rompimento institucional deixar� marcas hist�ricas e dolorosas para o povo brasileiro e encerrar� o ciclo democr�tico da Nova Rep�blica. N�o compactuamos com esta transgress�o constitucional e democr�tica", conclui a carta.

PMDB

Tamb�m na noite dessa quinta-feira (12), um grupo de jovens, organizados pelo movimento Levante Popular da Juventude, realizou uma manifesta��o na porta da sede do PMDB, partido do presidente interino Michel Temer. Eles levaram instrumentos de percuss�o e gritaram contra o impeachment.


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