Bras�lia - O presidente afastado da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou parte do in�cio da entrevista coletiva convocada por ele para esta ter�a-feira, 21, para criticar o governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, desde o in�cio do mandato, a administra��o petista j� demonstrava fraqueza.
O parlamentar petista foi derrotado por Cunha por 267 votos a 136. J� o impeachment de Dilma foi aprovado pela C�mara por 367 votos a 137. Na avalia��o de Cunha, isso demonstra que o governo Dilma tinha o tamanho de sua base limitado. "Ou seja, a Casa continuou dentro do processo de impeachment exatamente como estava no in�cio da legislatura", disse.
O presidente afastado da C�mara afirmou que dados como esse mostram que o governo Dilma n�o tinha maioria e, por isso, acabou sofrendo derrotas no Parlamento. "E foi ficando cada vez mais fraco com a (Opera��o) Lava-Jato", afirmou o peemedebista.
CPI da Petrobras
Cunha disse tamb�m que esta "absolutamente convicto" de que n�o mentiu � CPI da Petrobras em 2015 quando disse que n�o possui contas n�o declaradas o exterior. A poss�vel mentira foi justamente o que embasou o pedido de cassa��o do peemedebista, apresentado pelo PSOL e Rede no Conselho de �tica da C�mara.
"Estou absolutamente convicto de que n�o menti", afirmou Cunha. Apesar das provas apresentadas pelo Minist�rio P�blico Su��o e pelo Banco Central brasileiro, o peemedebista disse que n�o h� comprova��es de que ele tinha contas secretas que movimentava fora do Pa�s. "Eu ter conta na literalidade da conta, n�o h� comprova��o disso, n�o tem como comprovar", disse.
O presidente afastado da C�mara disse que, na CPI da Petrobras, nenhum dos parlamentares o questionou se sua esposa, a jornalista Cl�udia Cruz, possu�a contas no exterior. "Ela detinha sim conta, dentro do padr�o do Banco Central e n�o tinha obriga��o de declarar", afirmou. Ele ressaltou ainda que n�o estava sob juramento na comiss�o e que n�o se furtou a responder qualquer pergunta.
Balan�o
Cunha tamb�m fez um balan�o dos trabalhos da C�mara enquanto era presidente. Ele citou a ado��o de uma pauta independente na sua gest�o. Entre as mat�rias aprovadas dessa pauta, ele citou a redu��o da maioridade penal e alguns pontos da Reforma Pol�tica.
O peemedebista rebateu a tese defendida pela presidente afastada Dilma Rousseff de que a vota��o de uma "pauta-bomba" inviabilizou o governo da petista. "Como se a C�mara fosse um conjunto de irrespons�veis", disse.