
A maior preocupa��o � em concluir obras em dois trechos que j� foram iniciados: no lote 7, entre o trevo de Caet� e o munic�pio de Nova Uni�o, e as liga��es para os t�neis que j� foram feitos pr�ximos aos munic�pios de Jaguara�u e Nova Era. Segundo integrantes do movimento Nova 381 s�o necess�rios mais R$ 170 milh�es para o asfaltamento dos trechos j� terraplenados no lote 7.
“A suplementa��o de verbas para se finalizar esse trecho � fundamental para que n�o sejam desperdi�ados recursos p�blicos. At� agora foram gastos R$ 300 milh�es com a obra, mas os motoristas ainda n�o tiveram qualquer melhoria”, explicou Luciano Ara�jo, presidente da FIEM do Vale do A�o e coordenador do Nova 381. Segundo ele, a verba pode ser usada para o asfaltamento de 20 quil�metros da rodovia na Regi�o Metropolitana de BH, o que melhoraria o fluxo em alguns pontos da BR.
Representantes do DNIT, no entanto, n�o falam em novos prazos ou metas para a retomada das obras. Termos como “corrigir falhas” e “reavaliar etapas que n�o deram certo” foram usados para justificar problemas na duplica��o.
Segundo o superintendente do DNIT em Minas Gerais, Fabiano Martins Cunha, algumas empresas que assumiram obras importantes da duplica��o n�o arcaram com seus compromissos e acabaram se tornando um problema nos cronogramas da obra. “O momento agora � avaliar quais ser�o as mudan�as necess�rias no projeto para retomar as obras no ritmo necess�rio. As empresas que n�o cumpriram (os contratos) ser�o punidas. Mas isso n�o cabe ao DNIT e sim � Justi�a”, explicou Fabiano.
O deputado estadual Wander Borges (PSB) afirmou que a demora em tra�ar um plano para a obra cria um sentimento de abandono para os moradores que assistiram ao in�cio da duplica��o h� dois anos. “Qual o horizonte dessa obra? As a��es na Rodovia da Morte est�o paradas e temos t�neis que ligam nada a lugar nenhum. Os repasses n�o est�o sendo autorizados e estamos perdendo servi�os que j� foram feitos”, criticou Borges.
Cobran�a e descren�a
V�rios moradores vizinhos da rodovia participaram da audi�ncia e cobraram uma posi��o mais clara do DNIT sobre o futuro da obra. “N�o sei se existe alguma vontade pol�tica real para se fazer essa duplica��o. Depois de muitas d�cadas de promessas, a obra finalmente come�ou, mas de forma abrupta ela est� voltando � estaca zero”, reclamou Ione Gon�alves, 43 anos, moradora de Caet� e que teve um familiar morto em acidente na Rodovia da Morte em 2013, quando um caminh�o sem freio se chocou com uma van que levava universit�rios.“Infelizmente n�o temos empregos para todos em Caet�, ou universidades para todos, e precisamos da estrada para chegar nas cidades vizinhas. Em per�odos eleitorais vemos v�rios deputados falar sobre a duplica��o, mas a cobran�a tem que ser feita sempre, de forma constante, para que a obra avance. Ser� que nossos representantes t�m for�a pol�tica ou interesse nessa duplica��o? Estamos cada vez mais descrentes”, lamentou Ione.