A contabilidade que chegou ao governo na noite desta segunda-feira, 11, indicava que o l�der do PSD e um dos nomes do Centr�o, deputado Rog�rio Rosso (DF), liderava a disputa, com o dobro de votos de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia ficou praticamente sem o apoio do PT.
A vota��o est� marcada para quarta-feira (13). A estimativa � de que Rosso teria cerca de 200 votos contabilizados. Fernando Giacobo (PR-PR), tamb�m do Centr�o, grupo formado por 13 partidos, estaria em terceiro lugar nas inten��es de votos. Para vencer em primeiro turno, o candidato precisa da maioria dos votos dos presentes.
Com a experi�ncia de ter ocupado a presid�ncia da C�mara por tr�s vezes, o presidente em exerc�cio Michel Temer abriu espa�o na agenda para exercer o "papel de ouvinte". Com alguns candidatos conversou pessoalmente no Planalto ou no Jaburu e, com outros, por telefone. No domingo, o presidente em exerc�cio recebeu para jantar o presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), e o l�der do partido na C�mara, Ant�nio Imbassahy (BA). Ouviu sobre as dificuldades dos tucanos em apoiar um nome do Centr�o e disse que n�o iria interferir.
Os tucanos aguardam um nome que unifique a antiga oposi��o. Terceiro maior partido da Casa, o PSDB decidiu n�o lan�ar um nome em troca do apoio do Planalto na disputa pela Mesa Diretora em 2017. O partido dever� escolher entre Maia - que na noite de ontem foi confirmado como candidato do DEM - e Julio Delgado, que venceu a disputa com Her�clito Fortes (PI) como candidato do PSB.
O novo presidente da C�mara ficar� no posto por um mandato-tamp�o, at� fevereiro de 2017, e ser� o respons�vel por conduzir a vota��o das principais propostas de interesse do governo neste segundo semestre, quando dever� ser conclu�do o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Na tentativa de assegurar a vit�ria de Rosso, l�deres do Centr�o tentavam reduzir ao m�ximo o n�mero de candidatos. Oficialmente, eram 10, podendo chegar a 17. A estrat�gia do grupo foi tra�ada em almo�o realizado na resid�ncia do l�der do PTB, Jovair Arantes (GO), logo ap�s Rosso confirmar que iria entrar na briga pela sucess�o de Cunha. Ele protocolou sua candidatura ontem � noite.
O Centr�o tamb�m est� dividido. J� foram registradas as candidaturas de Giacobo, Cristiane Brasil (PTB-RJ), Carlos Manato (SD-ES) e Fausto Pinato (PP-SP). Al�m deles, tamb�m j� protocolaram suas candidaturas os deputados Carlos Gaguim (PTN-TO), Fabio Ramalho (PMDB-MG) e Marcelo Castro (PMDB-PI).
Fiel da balan�a
Apesar de o PMDB ter pelo menos cinco pr�-candidatos, o partido poder� ser o fiel da balan�a neste processo. Neste caso, Temer teria papel fundamental, mesmo dizendo que n�o entrar� na disputa. Segundo o l�der do partido, deputado Baleia Rossi (SP), somente hoje o PMDB far� uma reuni�o para discutir o assunto.
No Twitter, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a "orienta��o do governo � uma s�: a base unida p�s-elei��o". "N�o tem preferido nem vetado." O Pal�cio do Planalto receia apoiar um nome que acabe derrotado e provoque um racha na base.