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Estado de Minas

Moro homologa dela��o de executivos do 'banco da propina' da Odebrecht


postado em 22/07/2016 14:07 / atualizado em 22/07/2016 14:26

(foto: PAULO LOPES/FUTURA PRESS/ESTADAO CONTEUDO SP )
(foto: PAULO LOPES/FUTURA PRESS/ESTADAO CONTEUDO SP )

O juiz S�rgio Moro homologou nesta sexta-feira, 22, os acordos de dela��o premiada dos tr�s executivos que adquiriram em 2010 junto com um ex-funcion�rio da Odebrecht o "banco da propina" utilizado para a empreiteira movimentar dinheiro de pagamentos il�citos, inclusive para o marqueteiro do PT Jo�o Santana, e que movimentou US$ 1,6 bilh�o at� 2014.

Marco Bilinski, Vin�cius Borin e Luiz Fran�a, que atuavam no setor financeiro e trabalhavam como captadores de clientes para o banco no Brasil, acordaram em pagar R$ 1 milh�o de multa cada um e tamb�m repatriar todos os bens que possu�rem no exterior, pagando os impostos �s autoridades brasileiras. O valor dos bens no exterior, por�m n�o foi divulgado.

Da multa, 90% ser� destinado para ressarcir a Petrobras e 10% para os �rg�os de investiga��o, como o Minist�rio P�blico Federal e a Pol�cia Federa.

Com a homologa��o, as dela��es dos tr�s executivos do setor financeiro, que se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, ent�o executivos do Departamento de Opera��es Estruturadas - nome oficial da central de propinas da empreiteira, segundo a Lava Jato - da Odebrecht, poder�o ser utilizadas para novas investiga��es sobre a complexa rede financeira de 41 offshores - empresas em para�sos fiscais - montada pela maior empreiteira do Pa�s para pagar propinas em obras que v�o al�m do esquema de corrup��o na Petrobras.

O grupo tamb�m se juntou a Ol�vio Rodrigues J�nior, respons�vel por intermediar a abertura das contas para a empreiteira no Antigua Overseas Bank, onde os tr�s executivos trabalhavam antes de decidirem adquirir o Meinl Bank, para adquirir o "banco da propina". A participa��o de 51% da filial da institui��o financeira em Ant�gua foi adquirida, segundo o relato, por US$ 3 milh�es mais quatro parcelas anuais de US$ 246 mil. Ao final da negocia��o, o grupo passou a ter 67% do Meinl Bank Ant�gua.

O Departamento de Opera��es Estruturadas da Odebrecht foi alvo da 23ª etapa da Lava Jato, que levou � pris�o do marqueteiro Jo�o Santana, sua mulher e s�cia, M�nica Moura, al�m dos executivos do banco e que agora fecharam dela��o. Foi a partir da Opera��o Acaraj� - assim batizada em refer�ncia a um dos nomes usados nas planilhas da contabilidade paralela da Odebrecht para propinas - que a for�a-tarefa da Lava Jato chegou ao n�cleo dos pagamentos il�citos da empreiteira.

As revela��es foram feitas principalmente pela funcion�ria Maria L�cia Guimar�es Tavares, a primeira do grupo empresarial a colaborar com as investiga��es. Atualmente, executivos da Odebrecht e o empreiteiro Marcelo Odebrecht negociam uma dela��o premiada com a Lava Jato.

Entre as contas offshores criadas para Odebrecht, Vin�cius Borin listou em seu primeiro depoimento da dela��o as movimenta��es que considerou "suspeitas" para outras contas que n�o eram da empreiteira e que somaram US$ 132 milh�es. Dentre estas opera��es est�o a Klienfeld, a Innovation e a Magna, todas ligadas � Odebrecht e que fizeram dep�sitos na conta offshore Shellbill Finance, de propriedade de Jo�o Santana e sua mulher M�nica Moura, na Su��a, no valor de US$ 16,6 milh�es.

O valor � quase quatro vezes os US$ 4,5 milh�es que Jo�o Santana e sua mulher receberam de outra empresa e admitiram ao juiz S�rgio Moro se tratar de acerto de d�vidas de caixa 2 da campanha eleitoral de Dilma em 2010. A petista alega que, se houve caixa 2 em sua campanha, n�o teve conhecimento.


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