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Estado de Minas

Executivo da Odebrecht sugeriu mudan�a para pa�ses sem coopera��o com Brasil


postado em 23/07/2016 11:25 / atualizado em 23/07/2016 12:05

S�o Paulo, 23 - Um dos tr�s delatores ligados ao "banco da propina da Odebrecht", o empres�rio Luiz Augusto Fran�a, afirmou que executivos da empreiteira sugeriram que, por causa das investiga��es da Opera��o Lava-Jato, ele e seu s�cios Vinicius Borin e Marco Bilinski sa�ssem do Brasil rumo a pa�ses que n�o tivessem Coopera��o Internacional.

Luiz Augusto Fran�a disse � for�a-tarefa da Lava-Jato que a conversa come�ou com Fernando Migliaccio e continuou com Felipe Montoro, executivos da empreiteira.

A coopera��o jur�dica internacional, segundo define o Minist�rio da Justi�a, � o modo formal de solicitar a algum pa�s medida judicial, investigativa ou administrativa necess�ria para investiga��o, inclusive bloqueio de ativos e pris�o para fins de extradi��o.

O empres�rio relatou que Montoro sugeriu tamb�m que os delatores do setor financeiro "apresentassem um plano de gastos decorrentes desta mudan�a". Os tr�s delatores trabalharam no Meinl Bank Antigua, supostamente adquirido pela Odebrecht para repassar propinas no exterior.

"Felipe Montoro j� esteve no escrit�rio do depoente e tamb�m encontraram-se algumas vezes, inclusive, em Viena e Portugal, na maioria ela vezes acompanhado de Fernando, ocasi�es em que sugeriram aos executivos do Meinl Bank deixarem o Brasil em raz�o das investiga��es da Lava-Jato; que disseram que eles poderiam escolher alguns pa�ses, como Dubai, Ant�gua, Portugal. Rep�blica Dominicana, deixando aberto tamb�m para outros pa�ses, observando que os pa�ses que sugeriam n�o tinham tratado de coopera��o, o que daria maior seguran�a de que n�o seriam responsabilizados pelas autoridades brasileiras", afirmou o delator.

Marco Bilinski, Vin�cius Borin e Luiz Fran�a, que atuavam no setor financeiro e trabalhavam como captadores de clientes para o banco no Brasil, acordaram em pagar R$ 1 milh�o de multa cada um e tamb�m repatriar todos os bens que possu�rem no exterior, recolhendo os impostos �s autoridades brasileiras. O valor dos bens no exterior, por�m, n�o foi divulgado.

Com a homologa��o, as dela��es dos tr�s executivos do setor financeiro, que se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, ent�o executivos do Departamento de Opera��es Estruturadas - nome oficial da central de propinas da empreiteira, segundo a Lava-Jato - da Odebrecht, poder�o ser utilizadas para novas investiga��es sobre a complexa rede financeira de 41 offshores, empresas em para�sos fiscais, montada pela maior empreiteira do Pa�s para distribuir propinas relativas a obras que v�o al�m do esquema de corrup��o na Petrobras.

O Departamento de Opera��es Estruturadas da Odebrecht foi alvo da 23ª etapa da Lava-Jato, que levou � pris�o do marqueteiro Jo�o Santana, sua mulher e s�cia, M�nica Moura, al�m do pr�prio Borin. Foi a partir da Opera��o Acaraj� - assim batizada em refer�ncia a um dos nomes usados nas planilhas da contabilidade paralela da Odebrecht para propinas - que a for�a-tarefa da Lava-Jato chegou ao n�cleo dos pagamentos il�citos da empreiteira.

Consultada pela reportagem, a Odebrecht informou que n�o vai se manifestar sobre o assunto.


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