
O presidente Michel Temer declarou nesta sexta-feira n�o estar preocupado com a impopularidade que reformas propostas pelo seu governo possam causar. “Se eu ficar impopular e o Brasil crescer, eu me dou por satisfeito”, disse em S�o Paulo.
Temer proferiu palestra no F�rum “O novo cen�rio pol�tico e econ�mico” promovido pela Revista Exame. O presidente reiterou a necessidade de aprova��o da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que estabelece o teto dos gastos p�blicos.
“A aprova��o � fundamental para evitarmos a espiral inflacion�ria e a recess�o. A d�vida poder� chegar a 100% do PIB em 2024 ou antes. Ser� a fal�ncia do estado brasileiro”, afirmou. O presidente disse ter convic��o de que a proposta ser� aprovada. “O Congresso hoje est� muito consciente de que precisa colaborar com Executivo para que possamos sair dessa crise”, acrescentou.
Temer disse que a proposta vai colaborar para o crescimento econ�mico sustent�vel do pa�s e evitar� eleva��o de impostos. “N�o queremos aumentar a carga tribut�ria, porque, convenhamos, chegou ao limite”, disse. Segundo o presidente, a PEC n�o � elitizada, pois garantir� recursos voltados aos grupos mais vulner�veis.
Reforma trabalhista
O presidente da Rep�blica comentou que a Justi�a, a partir de decis�es do Supremo Tribunal Federal (STF), vem fazendo readequa��es trabalhistas, como redu��es salariais de 30%, pela interpreta��o da Constitui��o.
Essas decis�es podem evitar, segundo Temer, a elabora��o de propostas pelo governo federal de reformula��o trabalhista, como prevista no projeto “Ponte para o Futuro”, que tem como objetivo garantir empregos e, assim, manter a arrecada��o.
Ensino m�dio
Temer disse que a decis�o de reformar o ensino m�dio considerou o baixo desempenho no �ndice de desenvolvimento da educa��o, que passou a apresentar uma curva descendente nos �ltimos anos. Segundo ele, por cerca de cinco anos, a mat�ria foi discutida, com pressuposto de manter disciplinas obrigat�rias por um certo per�odo, permitindo que, ao final, o aluno pudesse montar a sua grade de acordo com a gradua��o pretendida.
O presidente avalia que a reforma foi “bem recebida, com uma ou outra voz dissonante”. Ele citou que, na �poca em que era estudante, havia o colegial cl�ssico e cient�fico, em que os alunos cursavam uma especializa��o, modelo empregado na Europa e Estados Unidos. “N�o me preocupa, porque essa mat�ria ser� debatida e aprovada fazendo uma grande revolu��o”, “Temos certeza que estamos dando um salto de qualidade na educa��o”, acrescentou.