O presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria, Robson Braga de Andrade, defendeu nessa quarta-feira, 19, em T�quio, no Jap�o, que o processo em curso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode resultar na cassa��o da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer, n�o seja mais discutido. Na sua avalia��o, uma senten�a no sentido da impugna��o da chapa teria como efeito colateral a destitui��o do atual presidente, prolongando a turbul�ncia pol�tica no Pa�s.
Questionado sobre como o meio empresarial v� o processo em tr�mite no TSE, o presidente da CNI disse que o Brasil n�o pode mais sofrer com a instabilidade pol�tica. "Eu n�o vejo agora que essa quest�o deva ser discutida. N�s estamos come�ando a caminhar em um novo patamar, em uma nova dire��o. Se voc� come�a a romper de novo com as quest�es institucionais, o Brasil n�o tem jeito." "� preciso que a gente ponha o p� no ch�o, saiba que essas quest�es s�o do passado e que temos de olhar para o futuro."
Robson Andrade liderou em T�quio a comitiva de empres�rios brasileiros que manteve contato com l�deres empresariais japoneses na Keidaren, o equivalente local da CNI. Temer participou do encontro, no qual defendeu a estabilidade institucional e seguran�a jur�dica no Brasil para sair da crise econ�mica. O presidente da CNI concorda. "Eu vejo o presidente Temer muito tranquilo com rela��o a essas quest�es", disse Robson Andrade, referindo-se ao processo no TSE. "E todas as not�cias que a gente v�, inclusive do pr�prio TSE, � de que essa quest�o � de longo prazo."
Um dos motivos pelos quais Robson Andrade diz n�o desejar o avan�o do questionamento da chapa Dilma/Temer no TSE � o bom entendimento que o meio empresarial vem tendo com o governo. "A interlocu��o � muito aberta, muito franca com o governo brasileiro, com o presidente Temer e com os ministros", explicou.
"Isso � importante para que possamos colocar as nossas opini�es e mostrar aquilo que est� indo muito bem, aquilo que precisa ser corrigido. � uma interlocu��o muito positiva."
Para o dirigente, esse cen�rio contrasta com o vivido pela CNI durante a gest�o de Dilma Rousseff. "No per�odo anterior tinha at� quest�es pol�ticas que dificultavam a interlocu��o com o governo, porque o governo tinha dificuldades com o pr�prio Congresso", argumentou. "Acho que estamos em um caminho muito bom, em um momento muito bom."