Um dia ap�s a deflagra��o da Opera��o M�tis, o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, se reuniu na manh� deste s�bado com o presidente Michel Temer em S�o Paulo e apresentou um relat�rio sobre os motivos que levaram � a��o policial. O encontro estava fora da agenda oficial de ambos.
No governo, interlocutores de Temer demonstraram preocupa��o com os desdobramentos pol�ticos da opera��o, principalmente ap�s as cr�ticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista defendeu a atua��o da Pol�cia Legislativa do Senado - subordinada diretamente a ele - e criticou o ministro dizendo que ele “extrapolou” ao se pronunciar sobre o trabalho dos quatro servidores presos. Ontem, Moraes disse que os policiais legislativos “extrapolaram o que seria de sua compet�ncia” e “realizaram uma s�rie de atividades direcionadas � obstru��o da Justi�a”.
Ao Broadcast Pol�tico, Renan disse que o trabalho da Pol�cia do Senado n�o era da “compet�ncia” de Moraes por se tratar de um outro Poder e que ele deveria se informar antes de se pronunciar. “Quem fala demais acaba dando bom dia a cavalo”, alfinetou o senador, que � um dos investigados pela Lava Jato.
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse que a busca e apreens�o nas depend�ncias do Senado precisavam ser “muito bem explicadas” � sociedade. “N�o se pode deixar de ter cautela quando um assunto assim pode ser interpretado como confronto entre institui��es republicanas, especialmente neste momento em que vivemos”, afirmou Geddel.