Bras�lia - Mesmo ap�s deixar a presid�ncia da C�mara e ter o mandato cassado, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mant�m pelo menos seis aliados no governo do presidente Michel Temer. Eles ocupam postos estrat�gicos no Pal�cio do Planalto e na Esplanada.
Durante a semana que se encerra, como revelou a Coluna do Estad�o, Cunha conseguiu emplacar a jornalista Fl�via Morais como assessora da diretoria-geral da Empresa Brasileira de Comunica��o (EBC). Ela era assessora de imprensa de Cunha.
Vale j� assumiu publicamente que foi advogado de Cunha em a��es privadas. A rela��o rendeu a ele a indica��o, pela C�mara, para o Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP). Ele foi indicado no primeiro semestre de 2015, quando Cunha presidia a Casa.
Outro aliado de Cunha no Planalto � o ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). Ele n�o tem um cargo oficial, mas atua como “colaborador” na articula��o do governo com a C�mara, principalmente com o Centr�o - grupo de 13 partidos liderados por PP, PSD, PTB e PR.
Mabel se aproximou de Cunha depois da disputa pela lideran�a do PMDB na C�mara em 2013. Ap�s vencer a elei��o, Cunha passou a indicar peemedebistas do grupo de Mabel para os espa�os a que o partido tinha direito na Casa.
Carlos Henrique Sobral, outro aliado de Cunha, foi nomeado chefe de gabinete do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Sobral foi assessor especial do deputado cassado.
O l�der do governo na C�mara, Andr� Moura (PSC-SE), tamb�m foi escolhido por indica��o de Cunha. Ele era um dos membros da chamada “tropa de choque” que atuava para barrar o processo contra o peemedebista no Conselho de �tica.
Lava Jato
Procuradores da Lava Jato tamb�m apontaram nesta semana o ministro dos Transportes, Maur�cio Quintella (PR-AL), como indica��o de Cunha. Em mar�o, quando ainda ocupava cargo de deputado, ele substituiu o correligion�rio Vin�cius Gurgel (PR) no Conselho de �tica e votou contra a cassa��o do peemedebista.
Auxiliares de Temer negam que os nomeados sejam indica��es de Cunha. Dizem que a maioria foi escolhida pelo presidente, que tinha rela��o anterior com eles, como com Sandro Mabel, que foi deputado na �poca em que o presidente tamb�m era, e Gustavo Vale, que foi advogado do PMDB quando o Temer presidia o partido.
Sobre Carlos Henrique, auxiliares argumentaram que ele j� tinha sido assessor de Geddel. Dizem ainda que Fl�via Morais foi indicada pela bancada do PMDB e que o ministro dos Transportes foi escolhido por Temer.
O Estado de S. Paulo.
