At� ser eleito presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em 1995, S�rgio Cabral Filho era um pol�tico discreto. Com bandeiras pouco pol�micas, como a defesa dos albergues da juventude, dos direitos dos idosos e dos bailes da terceira idade, "Serginho" evitava temas controversos.
Formado em Jornalismo, Cabral come�ou sua carreira na pol�tica sob a prote��o do pai, o vereador, jornalista e cr�tico musical S�rgio Cabral. Foi por influ�ncia dele que Cabral Filho conseguiu o cargo de diretor da TurisRio, depois de militar na Juventude do PMDB e de ter ajudado na campanha eleitoral do pai, al�m de ter participado das Diretas-J�! e da campanha de Tancredo Neves (PMDB) em 1985. Eleito tr�s vezes deputado estadual (1990, 1994 e 1998), migrou para o PSDB e depois voltou ao PMDB.
Desde o in�cio da carreira, Cabral teve diferentes padrinhos pol�ticos, sempre ocupantes de cargos importantes. Foram os governadores Marcello Alencar (1995-1998), Anthony Garotinho (1999-2002) e Rosinha Garotinho (2003-2006). Rompeu com todos.
Chegou ao Senado em 2002 e manteve dist�ncia do presidente Luiz In�cio Lula da Silva, mas mudou de opini�o em 2006. Foi quando, no segundo turno, por conselho de Francisco Dornelles (PP), apoiou Lula, na disputa contra Geraldo Alckmin (PSDB). Foi o in�cio de uma "bela amizade".
Cabral e Lula descobriram-se "amigos de inf�ncia". A rela��o - pessoal e pol�tica - rendeu ao PMDB fluminense o suporte eleitoral e pol�tico do PT. Ao governo Cabral, rendeu a for�a para trazer a Olimp�ada para o Rio e bilh�es em investimentos.
Festeiro, o ent�o governador n�o escondia a amizade com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta, beneficiada em seu governo. Foi Cavendish quem comprou em M�naco um anel no valor de R$ 800 mil, dado a Adriana Anselmo, mulher do ex-governador. O empres�rio tamb�m estava no grupo que, em Paris, protagonizou a farra da "Gangue dos Guardanapos". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
