Bras�lia, 07 - O presidente Michel Temer vai se reunir neste s�bado, 7, com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), C�rmen L�cia, para tratar da crise nos pres�dios, escancarada ap�s as rebeli�es em Manaus e em Roraima, que terminaram em massacres. Em conversas reservadas, auxiliares do presidente comparam a guerra entre fac��es criminosas a um "barril de p�lvora" prestes a explodir e dizem que � necess�rio o Judici�rio ajudar a encontrar solu��es para o problema da superlota��o carcer�ria.
At� agora, o Pal�cio do Planalto n�o conseguiu acertar o passo na estrat�gia de comunica��o ao indicar que a seguran�a p�blica �, em primeiro lugar, uma quest�o a ser tratada pelos Estados. Nos bastidores, at� mesmo ministros admitem que o governo federal passou uma imagem de "omiss�o" logo na virada do ano.
Na tentativa de n�o levar a crise para o Planalto, Temer demorou a se posicionar sobre a matan�a no pres�dio de Manaus. Depois, falou em "acidente pavoroso" e a express�o usada ganhou mais destaque do que as medidas anunciadas, como a constru��o de cinco pres�dios federais, consideradas um "factoide" at� por aliados.
Ainda nesta sexta, horas depois de o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, anunciar as diretrizes do novo Plano Nacional de Seguran�a, uma pol�mica envolvendo a recusa do governo federal em enviar tropas da For�a Nacional para refor�ar a seguran�a nos pres�dios de Roraima, meses antes da rebeli�o, provocou mal-estar no Planalto.
Interlocutores de Temer atribuem a Moraes boa parte dos problemas de comunica��o em rela��o � crise nos pres�dios. Na quinta-feira, minutos antes da reuni�o do N�cleo Institucional do governo, um ministro que participaria do encontro perguntou onde estava Temer. "Alexandre de Moraes j� privatizou o presidente", respondeu outro colega, ir�nico, ao lembrar que o titular da Justi�a � pr�-candidato do PSDB ao governo de S�o Paulo.