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Estado de Minas

Livro de autor desconhecido compara Eduardo Cunha a Jesus Cristo

Advogados do deputado cassado classificam a obra de "fraude" e j� recorreram � Justi�a para suspender venda da obra


postado em 23/03/2017 15:40 / atualizado em 23/03/2017 17:43

O ex-presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer retirar das prateleiras o livro Di�rio da Cadeia, lan�ado pela Editora Record e assinado com o pseud�nimo de Eduardo Cunha.

A obra come�a a ser vendida nesta segunda-feira, e o ex-parlamentar quer que a editora suspenda a distribui��o dos livros e recolha volumes que j� tenham sido entregue �s livrarias. A a��o pede ainda uma indeniza��o de R$ 100 mil por danos morais.

O livro � escrito em primeira pessoa e relata fatos supostamente vividos pelo deputado cassado na pris�o, desde 19 de outubro do ano passado, quando foi preso pela Opera��o Lava-Jato.

J� na primeira p�gina, o autor que usa o nome de Cunha se compara a Jesus Cristo: “Jesus tamb�m passou pelo que estou passando, e depois deu a volta por cima para cuidar do ser humano. O que est� sendo posto em cheque agora, nessa na��o aben�oada por Deus, � o meu equil�brio”, diz.

Em material divulgado � imprensa, a editora diz que o livro � uma s�tira "de uma das figuras mais pol�micas da hist�ria recente do pa�s".

Os advogados de Cunha acusam o livro de ser uma “fraude” que “induz ao erro”.

Em nota encaminhada ao Estado Minas, o editor de Di�rio da cadeia, Carlos Andreazza, afirmou que a obra � de fic��o e que classific�-la como uma fraude "� manifesta��o de profundo desconhecimento sobre o que seja a natureza ficcional. Representa, ali�s, um ataque � arte e ao artista".

Crlos Andreazzadisse ainda que o uso de pseud�nimos � comum em obras liter�rias, assim como o uso de narrativas em primeira pessoa.

"Trata-se de um romance sat�rico que – em conson�ncia com o esp�rito contempor�neo – dialoga com elementos da realidade. A inser��o de nomes de pessoas que existem s�o comuns na literatura, sobretudo na atualidade: Marine Le Pen, por exemplo, foi personagem de um livro de Houllebecq, bem como ele pr�prio. Eu pr�prio sou personagem de “Di�rio da cadeia”. Ademais, sobre poss�vel confus�o no entendimento do que seja o livro (ainda que a editora tenha deixado claro tratar-se de livro de fic��o), � imposs�vel controlar o que as pessoas fazem ou sentem diante de uma obra art�stica. Muitos se emocionam diante de um quadro, outros n�o sentem nada diante desse mesmo quadro; h� tamb�m quem tenha raiva. Eduardo Cunha, por meio de seus advogados, move uma a��o, portanto, contra uma obra de fic��o. Outro ponto important�ssimo � que se trata de um movimento contra um livro que Cunha e seus advogados n�o leram. Isso porque ningu�m, fora da editora, o leu. O livro ainda n�o est� dispon�vel, n�o foi posto � venda, o que, a meu ver, torna a a��o uma tentativa de censura pr�via, o que fere a decis�o hist�rica do STF", diz a nota. 


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