O juiz federal S�rgio Moro afirmou, em decis�o que deflagrou a Opera��o Paralelo, 39ª fase da Lava-Jato, que documenta��o enviada pela Su��a sobre contas atribu�das ao ex-gerente da Petrobras Roberto Gon�alves motivaram a pris�o preventiva do ex-executivo. Gon�alves foi sucessor de Pedro Barusco, um dos delatores da Lava-Jato, na estatal, e teria, segundo as investiga��es, dado continuidade aos esquemas de corrup��o.
O magistrado tamb�m pontuou que ainda n�o havia ind�cios de que Gon�alves, durante as apura��es na Opera��o Lava-Jato, havia "praticado novos atos de lavagem, apresentado documentos falsos ao Banco na Su��a para justificar as movimenta��es e dissipado parte dos ativos mantidos no exterior".
"A prova nova e o surgimento superveniente dos fundamentos da pris�o preventiva autorizam a sua decreta��o, ainda que n�o tenha sido ela requerida ou decretada anteriormente", conclui Moro.
Segundo investiga��o criminal da Su��a, Roberto Gon�alves teria apresentado ao banco Societe Generale documentos falsos para justificar os dep�sitos na conta em nome da offshore Fairbrigde Finance SA, "especificamente um contrato de consultoria".
Os investigadores su��os afirmaram que perante o banco, onde as contas eram mantidas, Gon�alves afirmou, "entre outros, que os pagamentos em favor da Fairbridge teriam sido efetuados em raz�o de servi�os de consultoria prestados por ele e fundamentados em um contrato de consultoria entre a Avantec Servicios de Engenharia Ltd. e a Magna International".
"Ele apresentou ao banco SG um contrato de consultoria correspondente, por�m n�o assinado. No entanto, conforme fontes p�blicas, a Avantec n�o est� relacionada a Gon�alves, mas a Rog�rio Ara�jo, diretor da Odebrecht.
Por esse ou outros motivos, as declara��es prestadas por Gon�alves perante o banco SG sobre o contexto econ�mico dos pagamentos recebidos parecem ser falsas, uma vez que n�o � razo�vel acreditar que Gon�alves realmente tenha prestado servi�os de consultoria legal � Odebrecht", destaca o documento su��o.
