
Pronta para ser negociada em cotas com investidores, a Cidade Administrativa custa alguns milh�es de reais aos cofres p�blicos para funcionar e vive passando por reparos e obras de manuten��o.
As queixas dos servidores que l� trabalham s�o v�rias e v�o desde catracas que n�o funcionam e problemas em cancelas de estacionamento a interdi��o em banheiros por causa de vazamentos ou danos nas paredes e teto.
Segundo a Secretaria de Planejamento e Gest�o, al�m de manuten��o preventiva e corretiva, esses n�meros incluem servi�os como jardinagem, tecnologia da informa��o, telefonia e vigil�ncia. O gasto total com a manuten��o em 2016 foi de R$ 98.820.567,91.
Ainda segundo a Seplag, em 2015 a Cidade Administrativa consumiu R$ 113.466.896,22 e, em 2014, R$ 127.394.808,32. Para informar o gasto desde a inaugura��o, nos primeiros tr�s anos, o Executivo disse que seria preciso procurar em cont�ineres para descobrir os valores.
De acordo com queixas de funcion�rios, alguns problemas s�o recorrentes. Em outubro de 2015, uma ventania fez despencar um teto do pr�dio Minas, na Cidade Administrativa e, at� ent�o, o forro n�o foi devidamente reparado.
As catracas pelas quais os funcion�rios precisam passar tamb�m est�o entre os problemas relatados e os banheiros precisam de recorrente interdi��o.
Os servidores tamb�m relatam que h� constantes reparos nos encanamentos da rede instalada nos jardins. Al�m destes problemas, h� queixas de micro-ondas estragados e problemas em m�quinas de caf� e lanches.
Em mar�o deste ano, o governador Fernando Pimentel (PT) chegou a criticar a Cidade Administrativa pela “despesa enorme” que o im�vel representa.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o reconhece os problemas e informa que, desde o in�cio do governo Pimentel, a administra��o vem realizando “constantes reparos e manuten��es” para oferecer um ambiente estruturado aos servidores.
“A atual gest�o vem, inclusive, corrigindo falhas, em sua maioria, de acabamento e de manuten��es emergenciais, provenientes da constru��o da Cidade Administrativa, visando a valoriza��o dos pr�dios”, informa.
O governo de Minas diz que a atual administra��o j� realizou obras do sistema de drenagem superficial do entorno dos pr�dios. Sobre o teto que caiu, informa que o reparo n�o foi feito por causa de impasses com a seguradora “que est�o em negocia��o e ser�o resolvidos o mais breve poss�vel”. Diz ainda que n�o h� risco para a seguran�a de servidores e visitantes.
De acordo com o governo, o contrato para manuten��o preventiva no sistema de ponto eletr�nico custa R$ 16.666,67 mensais. Os reparos corretivos s�o sob demanda.
J� a presta��o de manuten��o preventiva e corretiva dos sistemas predial civil, el�trico, hidr�ulico, eletromec�nico, ar-condicionado, opera��o e supervis�o de sistemas tem um valor mensal de R$ 581.884,45.
A Cidade Administrativa entrou em foco durante as dela��es da Opera��o Lava-Jato. Em dela��o premiada, o ex-presidente da OAS, L�o Pinheiro, afirmou que foram pagos 3% do valor do empreendimento em propina ao empres�rio Oswaldo Borges da Costa Filho, que presidiu a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig).
Desafio A obra da Cidade Administrativa foi entregue em mar�o de 2010 pelo ent�o governador A�cio Neves (PSDB) a um custo de R$ 1,3 bilh�o, o dobro do valor inicialmente previsto.
O l�der da minoria, deputado Gustavo Valadares (PSDB), que era da base do governo A�cio, diz que os servidores que hoje se queixam de banheiros devem se lembrar que a antiga sede da Secretaria de Sa�de, por exemplo, ficava em um pr�dio escuro, sem estacionamento e com poucos elevadores que nem banheiro tinha em todos os andares.
“Desafio o governo do PT a conseguir provar que financeiramente, para o estado, era melhor manter centenas de pr�dios alugados em BH em vez de um lugar como hoje. Al�m da economia financeira tem mais agilidade no trabalho.
Agora, um pr�dio que atende hoje toda a capacidade administrativa do estado traz tamb�m gasto com manuten��o, isso est� calculado no custeio administrativo”, diz. Para o parlamentar, a atual administra��o n�o quer enxergar os benef�cios porque n�o foram eles que constru�ram a sede ou n�o entendem de gest�o.