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Estado de Minas

Pa�s ainda vive incertezas da crise pol�tica um ano depois do impeachment

Especialistas acreditam em melhoras, mas afirmam que somente as elei��es de 2018 podem decretar a virada de p�gina


postado em 31/08/2017 08:07

(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(foto: Minervino J�nior/CB/D.A Press)

Um ano depois de 61 senadores votarem sim e confirmarem o impeachment da ent�o presidente Dilma Rousseff (PT), o pa�s ainda vive momentos de incertezas.

A expectativa de a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) apresentar, no in�cio do pr�ximo m�s, uma nova den�ncia contra o presidente Michel Temer e o Congresso cada vez mais voltado para o toma l� d� c� fazem com que a recupera��o da economia seja oscilante e espalha a sensa��o de eternidade � crise pol�tica.

Na opini�o de especialistas, o pa�s s� conseguir� virar essa p�gina nas elei��es de 2018.
 

Para o professor de ci�ncia pol�tica do Instituto Universit�rio de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) Geraldo Tadeu Monteiro, a crise que estava no colo da ent�o presidente Dilma passou para Michel Temer — junto, ele herdou tamb�m a impopularidade.

“Vivemos um per�odo de crise persistente, uma crise de representatividade que vem das manifesta��es de 2013. Isso s� vai amainar quando tivermos um novo governo eleito com a legitimidade do voto.” Monteiro ressalta, entretanto, que a experi�ncia de Temer como parlamentar faz com que ele tenha um melhor controle da base governista e, com isso, consegue aprovar reformas estruturantes.

O professor do Instituto de Ci�ncia Pol�tica da Universidade de Bras�lia (UnB) Ricardo Caldas afirma que � um ano de paradoxos, j� que, segundo ele, existe uma grande diferen�a entre a pessoa f�sica Michel Temer e o governo.

“Com menos de 10% de popularidade e suspeitas graves de corrup��o, ele age como se nada acontecesse, mostrando que n�o est� � altura do cargo. Ele se comporta como um apostador. Por outro lado, o governo Temer � surpreendente. Combate a infla��o, conduz mudan�as estruturais e traz de volta um pouco de otimismo sobre a economia. Talvez venha a ser, no futuro, o presidente que mais fez reformas em t�o pouco tempo.”

Mesmo diante de uma chance m�nima de conseguir a principal bandeira — a reforma da Previd�ncia —, Michel Temer aprovou, no �ltimo ano, um teto para os gastos p�blicos, a lei da terceiriza��o e a reforma trabalhista, o que acalmou, de certa forma, o mercado financeiro.

Segundo Alex Agostini, analista da Austin Rating, � poss�vel perceber melhorias no per�odo, de acordo com a pol�tica de gest�o em investimento e o crescimento a longo prazo. “Os indicadores s�o positivos em considera��o � recess�o que tivemos, que foi muito profunda. H� uma heran�a do deficit fiscal e um contingente de desempregados elevado. Neste ano, por�m, os n�meros esbo�aram uma rea��o, e a infla��o e os juros, que estavam em dois d�gitos, ca�ram”, destaca.

Crise


Opositor dos governos petistas h� d�cadas e um dos votos favor�veis ao impeachment, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) defende que o certo teria sido o ent�o vice-presidente perder o cargo tamb�m.

“Ele utilizou-se do esquema de pedaladas. Cabia um impeachment completo e, naquele momento, ter�amos uma elei��o direta e, certamente, hoje n�o estar�amos vivendo a crise pol�tica intermin�vel que estamos”, comenta.

Para o senador, a popula��o que foi �s ruas n�o queria o Temer. “N�o se justifica a substitui��o da presidente por um vice com a manuten��o de um sistema de governar que � visivelmente prom�scuo, esse sistema de balc�o de neg�cios.”

Agora na situa��o de oposi��o, o senador Humberto Costa (PT-PE) reconhece que o pa�s estava em uma grave crise quando Dilma saiu, mas culpa a “sabotagem” do Congresso.

“O que fizeram conduziu o pa�s para a dificuldade econ�mica. Mas, hoje, as coisas s� pioraram. Tudo aquilo que foi prometido n�o aconteceu e esse governo afunda o pa�s cada dia mais, criando um clima de apatia. As pessoas est�o ap�ticas porque viram que apostaram em uma sa�da errada”, acredita.

Inimigos lado a lado


Um evento do PCdoB na C�mara dos Deputados reuniu, nessa quarta-feira (30), uma lista de convidados que, h� um ano, na v�spera da aprova��o definitiva do impeachment da ent�o presidente, Dilma Rousseff, jamais ficariam lado a lado.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sentou pr�xima ao presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Presidente da Rep�blica em exerc�cio, Maia ensaiou o discurso para o nascimento de uma nova legenda, distante da direita e da esquerda.

“Precisamos entender que o centro � onde os que pensam diferente t�m capacidade de di�logo”, disse. Gleisi, hoje presidente do PT, lembrou do “anivers�rio” de impeachment de Dilma e rebateu Maia. “”N�s podemos dialogar sim. Mas temos que ter lado”, afirmou.


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