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Estado de Minas

Ap�s impeachment, PT n�o sabe o que fazer com Dilma

Alas petistas a consideram culpada pela derrocada do partido e uma amea�a para a volta de Luiz In�cio Lula da Silva ao Pal�cio do Planalto


postado em 31/08/2017 11:01 / atualizado em 31/08/2017 11:12

(foto: José Cruz/Agência Brasil)
(foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)

S�o Paulo - Um ano depois do impeachment, a presidente cassada Dilma Rousseff � vista por setores amplos do PT como uma p�gina a ser virada. Embora o discurso oficial seja de martiriza��o de Dilma e a milit�ncia apoie a ex-presidente, alas petistas a consideram culpada pela derrocada do partido e uma amea�a para a volta de Luiz In�cio Lula da Silva ao Pal�cio do Planalto.

Segundo estes setores do partido, a falta de controle de Dilma sobre a Pol�cia Federal - e n�o os casos de corrup��o envolvendo integrantes da legenda - resultou na Lava-Jato, no impeachment e na dissemina��o do sentimento antipetista.

Por outro lado, estes mesmos setores consideram que as maiores dificuldades para o retorno de Lula � Presid�ncia s�o reverter o entendimento comum de que os erros de Dilma s�o a origem da crise econ�mica e recompor a alian�a de centro esquerda esfacelada no processo de impeachment.

O partido n�o sabe o que fazer com Dilma. Hoje, as fun��es da presidente cassada se resumem � presid�ncia do conselho curador da Funda��o Perseu Abramo, muito longe do centro de poder real da sigla.

Na semana passada, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra e uma das petistas mais pr�ximas e fi�is a Dilma, perguntou � presidente cassada se ela pretende se candidatar em 2018.

"Ela disse que n�o tem nada decidido. Mas, se decidir se candidatar, vai ter muito voto", disse a senadora. Para Gleisi, "Dilma � a grande lideran�a que encarna a injusti�a contra o PT".

2018


No entanto, a opini�o da presidente do partido n�o � compartilhada por setores relevantes da m�quina partid�ria. Em conversas reservadas, dirigentes dizem que, se Dilma for derrotada na disputa por uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul ou pelo Rio, causaria mais desgaste ao PT. Outros afirmam que ela tiraria a vaga de um senador petista e aceitam, no m�ximo, uma candidatura a deputado federal.

As cr�ticas, antes veladas, agora vieram � tona. O pr�prio Lula, em entrevista � uma r�dio de Salvador, apontou falhas de Dilma na condu��o da pol�tica e da economia e disse que ela poderia ter tomado a decis�o de n�o se candidatar � reelei��o.

O presidente estadual do PT do Rio, Washington Quaqu�, escreveu que, com a chegada de Dilma ao Planalto, "uma arrog�ncia desmedida tomou conta do centro de decis�es".

Em conversas recentes com amigos, Dilma demonstra falta de vontade de voltar a morar a Bras�lia, ficar presa a um mandato e ter de conviver com pol�ticos que considera traidores.

Ela prefere a agenda de viagens internacionais nas quais denuncia o que chama de "golpe" e a conviv�ncia com intelectuais e artistas.

No in�cio de setembro, ela volta � Europa para um giro que inclui Fran�a, B�lgica, It�lia e talvez a R�ssia. Desta vez, al�m de "denunciar" o impeachment, vai fazer a defesa do direito de Lula de disputar a elei��o de 2018.

A rela��o com o ex-presidente continua "inabal�vel". Ambos conversam com frequ�ncia e se encontram quando poss�vel. Defender Lula � uma das prioridades de Dilma. Na v�spera da morte de seu ex-marido Carlos Ara�jo, ela foi ao Rio para o lan�amento de um livro de juristas contra a condena��o do petista pelo juiz S�rgio Moro, embora Ara�jo estivesse hospitalizado. A tristeza causada pela morte do ex-companheiro foi notada por amigos.

Dilma s� demonstra inc�modo com as agendas intermin�veis do antecessor. Semana passada, confrontada com roteiro da caravana de Lula no Nordeste, capitulou: "Meu filho, n�o tenho mais sa�de para essas coisas".

Ela passa os dias entre Porto Alegre, Rio e Belo Horizonte, onde mora sua m�e. Mant�m a rotina de pedaladas matinais e, � medida que as rea��es hostis diminu�ram, tem gostado mais da rela��o direta com o povo. Ela vive da aposentadoria de R$ 5 mil, investimentos e alugu�is de im�veis da fam�lia.

Pouco tempo atr�s teve oportunidade de comprar o apartamento vizinho ao seu, em Porto Alegre, mas recusou a oferta para n�o dispor dos R$ 1,2 mil mensais da taxa de condom�nio.


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