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Estado de Minas

Dela��es complementares da JBS citam pol�ticos mineiros

Informa��es complicam tamb�m ministros de Temer e ex-integrantes do governo petista


postado em 01/09/2017 21:47 / atualizado em 01/09/2017 22:16

Advogados da JBS entregaram hoje ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) novos relat�rios e grava��es de conversas com pol�ticos, que ser�o anexados ao acordo de dela��o. Essas informa��es complementares v�o embasar as investiga��es que est�o em andamento e podem provocar a abertura de outras apura��es, porque em alguns casos surgiram novos personagens.

Os documentos est�o em sigilo, mas foram revelados pelo Jornal Nacional que teria tido acesso �s grava��es. Entre elas uma em que o atual ministro da Ind�stria e Com�rcio, Marcos Pereira, fala abertamente sobre um esquema de corrup��o. Pol�ticos mineiros do PMDB, entre eles o vice-governador Toninho Andrade (PMDB), tamb�m teriam sido gravados.

Al�m dele tamb�m foram gravados pela JBS negociando vantagens, segundo os delatores, o ex-deputado federal, hoje deputado estadual em Minas, Jo�o Magalh�es (PMDB), deputado federal Leonardo Quint�o (PMDB), deputado federal Mauro Lopes (PMDB), deputado federal Newton Cardoso Junior (PMDB) e deputado federal Saraiva Felipe (PMDB).

Na dela��o, Joesley Batista disse que pagou R$ 6 milh�es em propina para Marcos Pereira. Nos novos documentos, a JBS tamb�m detalhou parte do pagamento de R$ 30 milh�es feitos a pol�ticos que apoiaram a candidatura do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) � presid�ncia da C�mara.

Os delatores da JBS contam que antes mesmo de ser reeleito deputado federal em 2014, Eduardo Cunha procurou Joesley Batista e disse que gostaria de concorrer � presid�ncia da C�mara. Ele pediu o apoio de Joesley. O empres�rio daria R$ 30 milh�es e o executivo da J&F Ricardo Saud, tamb�m delator, faria contato com alguns parlamentares e l�deres que j� tivessem recebido recursos da empresa, principalmente das bancadas de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Joesley concordou e Ricardo Saud disse que fez contato com mais de 200 deputados entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. Eduardo Cunha foi eleito no m�s seguinte, fevereiro de 2015. De acordo com os relatos dos delatores da JBS, Eduardo Cunha "com certeza" destinou recursos a pelo ao deputado federal Carlos Bezerra, ex-deputado, atual prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jord�o, deputado federal Geraldo Pereira, ex-deputado, atual vice-prefeito de Jo�o Pessoa, Manoel Junior e deputado federal Marcelo Castro.

Os delatores da JBS entregaram provas que refor�am as acusa��es que fizeram sobre os pagamentos ao senador A�cio Neves (PSDB-MG). E tamb�m sobre os repasses para contas no exterior que, de acordo com depoimento de Joesley, ficaram � disposi��o dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do PT.

Os delatores tamb�m disseram que a JBS fez pagamentos ao ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. A JBS descobriu em seus arquivos registros de pagamentos de R$ 200 mil por m�s ao ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, enquanto ele estava no cargo. Rossi foi ministro de Lula e Dilma. A JBS tamb�m entregou um longo memorial sobre os contratos que assinou com o BNDES.

Como o ministro Edson Fachin acabou dando mais 60 dias de prazo, a JBS planeja manter os levantamentos que j� estavam em andamento - reunir ainda mais provas ao longo dos pr�ximos meses - e entregar mais material em novembro. Os investigadores querem usar essas informa��es para entender detalhadamente como operava cada organiza��o criminosa apontada na dela��o da J&F.

O presidente Michel Temer, em viagem � China, foi perguntado sobre essas novas informa��es trazidas pela JBS, mas n�o quis responder.

Outro lado

A defesa do senador A�cio Neves disse que as acusa��es contra ele s�o absurdas e que o senador nunca ofereceu contrapartida para as doa��es de campanha. Disse ainda que todas foram declaradas � Justi�a Eleitoral.

As defesas do ex-deputado Eduardo Cunha, do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine e do ex-presidente Lula n�o quiseram se pronunciar.

A TV Globo n�o teve retorno da assessoria do ministro Marcos Pereira e n�o conseguiu contato com a ex-presidente Dilma e nem com o ex-ministro Wagner Rossi.

A defesa do Jo�o Magalh�es n�o foi localizada.

Procurada, a defesa do vice-governador Toninho Andrade ainda n�o enviou resposta.

O deputado Newton Cardoso Junior disse que recebeu a not�cia com surpresa e que em nenhum momento negociou qualquer tipo de vantagem com a JBS.


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