(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Consultoria que atuou na campanha de Trump negocia com pr�-candidatos no Brasil

O publicit�rio afirmou que um candidato a presidente em 2018 dever� desembolsar ao menos R$ 30 milh�es com "impulsionamento" nas redes sociais - compra de m�dia em redes e aplicativos de conversas


postado em 03/12/2017 10:01 / atualizado em 03/12/2017 12:00

Nos Estados Unidos, a eleição de Trump virou motivo de investigação, pelo FBI, de interferência russa no resultado do pleito por meio da compra de publicidade em redes sociais e disseminação de notícias falsas favoráveis ao candidato republicano(foto: AFP / MANDEL NGAN )
Nos Estados Unidos, a elei��o de Trump virou motivo de investiga��o, pelo FBI, de interfer�ncia russa no resultado do pleito por meio da compra de publicidade em redes sociais e dissemina��o de not�cias falsas favor�veis ao candidato republicano (foto: AFP / MANDEL NGAN )

Empresa de an�lise de dados que usou m�todos controversos na vitoriosa campanha de Donald Trump, nos Estados Unidos, a consultoria brit�nica Cambridge Analytica, desembarcou no Brasil e negocia com dois potenciais pr�-candidatos � Presid�ncia para as elei��es de 2018. O "bra�o" da Cambridge Analytica no Pa�s � a Ponte Estrat�gia, empresa que tenta ganhar espa�o no mercado de marketing pol�tico nacional num cen�rio em que a disputa vai al�m das propagandas na televis�o: a briga pelo eleitor se dar�, em grande parte, nas redes sociais e nos aplicativos de conversa instant�nea.

A disputa virtual ganhou ainda mais for�a ap�s a reforma pol�tica - aprovada pelo Congresso e sancionada em outubro pelo presidente Michel Temer - liberar o chamado impulsionamento de conte�do nas redes sociais e aplicativos - por exemplo, propaganda em Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp.

Os m�todos da Cambridge consistem em processar uma quantidade enorme de dados e informa��es que circulam nas redes para definir perfis de eleitores. � poss�vel mapear grupos por desejos e sentimentos, e n�o apenas por regi�es ou faixas et�rias. Nos Estados Unidos, a Cambridge dizia ser capaz de ler a mente dos cerca de 200 milh�es de americanos.

A Cambridge levou para a pol�tica a estrat�gia usada por empresas: o microtargeting. A ideia de produzir discursos eleitorais "on demand", por�m, provocou um debate nos Estados Unidos sobre os dilemas �ticos envolvidos na estrat�gia, como a possibilidade de manipular discursos para grupos espec�ficos.

Nos Estados Unidos, a elei��o de Trump virou motivo de investiga��o, pelo FBI, de interfer�ncia russa no resultado do pleito por meio da compra de publicidade em redes sociais e dissemina��o de not�cias falsas favor�veis ao candidato republicano.

Franquia


O publicit�rio Andr� Torretta, de 52 anos, � dono da Ponte Estrat�gia, a consultoria que abriu no Pa�s a franquia da Cambridge Analytica. Com experi�ncia em marketing pol�tico brasileiro, Torretta refuta a acusa��o de manipula��o de informa��es nas elei��es americanas. Ele disse que a Cambridge n�o tem tecnologia nova, mas "metodologia" diferente.

"A gente usa o que j� existe. Se voc� tiver um banco de dados comportamental, pode us�-lo. Pega todo mundo que gosta de arma, que tem interesse por esporte, por exemplo. Os Estados Unidos t�m legisla��o que permite a confec��o desses bancos de dados, a compra deles", afirmou.

Segundo Torretta, o m�todo da empresa brit�nica ser� "tropicalizado". "N�o temos banco de dados no Brasil para fazer microtargeting por pessoa, como nos Estados Unidos", afirmou. "Mas, se eu tenho uma comunica��o endere�ada, por que eu n�o endere�o?"

O publicit�rio afirmou que um candidato a presidente em 2018 dever� desembolsar ao menos R$ 30 milh�es com "impulsionamento" nas redes sociais - compra de m�dia em redes e aplicativos de conversas. � um valor bem menor se comparado aos gastos que os candidatos tinham ao produzir programas para televis�o durante as campanhas nacionais. Ele n�o revelou com quais presidenci�veis est� negociando para a elei��o do pr�ximo ano.

Torretta disse tamb�m que cabe �s autoridades combaterem a dissemina��o de fake news nas redes sociais durante a elei��o. "O risco de fake news ser� total em 2018. � preciso ter controle das redes sociais. Tudo na rede � rastre�vel", disse. No Brasil, segundo ele, ser� a elei��o do aplicativo WhatsApp em raz�o de o n�mero de usu�rios ser maior do que o do Facebook, por exemplo.  


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)