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Estado de Minas

C�mara de BH se transforma para homenagem � Marielle Franco, um m�s depois de assassinato

Evento contou com a presen�a de lideran�as do movimento negro e do pr�-candidato � Presid�ncia do partido


postado em 18/04/2018 21:39 / atualizado em 18/04/2018 21:55

Música, espiritualidade e resistência para saudar a memória de Marielle(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
M�sica, espiritualidade e resist�ncia para saudar a mem�ria de Marielle (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Folhas verdes e p�talas de flores jogadas no ch�o, velas e perfumes. A C�mara Municipal de Belo Horizonte se transformou em ato para homenagear a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio, no m�s passado. Com car�ter ecum�nico, pol�tico e cultural, o evento clamou por justi�a e refor�ou a luta das mulheres, especialmente as negras.

“� um momento de se refazer da dor. De transform�-la em resist�ncia. De nos fortalecer para a luta”, comenta a vereadora �urea Carolina (PSOL). Organizado pela Gabinetona, gabinete coletivo das vereadoras �urea e Cida Falabella, tamb�m do PSOL. Participam da homenagem a vereadora Tal�ria Petrone, de Niter�i, al�m de lideran�as negras como a ex-ministra do Minist�rio das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino.
Evento, realizado no plenário principal da Casa Legislativa, teve caráter ecumênico(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Evento, realizado no plen�rio principal da Casa Legislativa, teve car�ter ecum�nico (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O evento contou a presen�a do pr�-candidato � presid�ncia da Rep�blica, Guilherme Boulos (Psol), l�der do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que, na segunda-feira, participou da invas�o ao triplex do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. “Acho importante prestar essa homenagem � Marielle e aproveitei para cumprir alguns compromisso da pr�-campanha”, afirmou Boulos. Pela manh�, ele caminhou pelo Centro de Belo Horizonte.

A principal linha de investiga��o da Pol�cia, que ainda n�o encontrou os assassinos da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, caminha para o envolvimento de mil�cias no crime. Quatro dias antes de ser executada, Marielle havia denunciado abusos em a��es da Pol�cia Militar em Acari. Uma assessora da parlamentar sobreviveu ao ataque e informou, em depoimento � pol�cia, que a vereadora n�o deu ind�cios de que estava sob amea�as. O crime segue sem esclarecimento.

A vereadora era cr�tica da interven��o federal na seguran�a p�blica do Rio de Janeiro e havia assumido a fun��o de relatora da Comiss�o da C�mara de Vereadores do Rio, criada para acompanhar a atua��o das tropas na interven��o.

#Marielle Franco

Nascida no Complexo da Mar�, Zona Norte do Rio de Janeiro, em 27 de julho de 1979, Marielle Franco era refer�ncia na luta pelos direitos humanos. A mais recente conquista na �rea foi o mandato de vereadora na C�mara Municipal do Rio de Janeiro, eleita pelo PSOL. Com bolsa integral, ap�s ser aluna do Pr�-Vestibular Comunit�rio da Mar�, Marielle se graduou em Ci�ncias Sociais pela Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Durante os estudos na PUC, ela n�o se envolveu com movimentos estudantis, por conta da pouca disponibilidade de tempo, dividido entre estudos e trabalhos para sustentar a filha Luyara, nascida quando Marielle tinha 19 anos. Hoje, a jovem tem 18 anos. Com o diploma de soci�loga, ela, que j� tinha trabalhado como educadora infantil na Creche Albano Rosa, na Mar�, se tornou professora e pesquisadora respeitada.

Depois virou mestre em Administra��o P�blica pela Universidade Federal Fluminense (UFF). A vida da pol�tica foi dedicada � milit�ncia na defesa dos direitos humanos e contra a��es violentas nas favelas. A luta foi impulsionada ap�s a morte de uma amiga, v�tima de bala perdida, durante um tiroteio envolvendo policiais e traficantes de drogas na favela onde nasceu e viveu.

Marielle Franco integrou, em 2006, a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo � Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ap�s a posse dele como deputado, foi nomeada assessora parlamentar dele. Depois assumiu a coordena��o da Comiss�o de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da assembleia. H� dois anos, na primeira disputa eleitoral, foi eleita com 46.502 votos para o cargo de vereadora na capital carioca, a quinta mais votada na cidade.


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