
"A queda foi espetacular. N�o � que parou de crescer. Houve uma redu��o de receita muito radical, isso a despeito dos esfor�os dos Estados para aument�-la", disse o economista Claudio Hamilton Matos dos Santos, diretor de pol�ticas macroecon�micas do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea).
Entre 2014 e 2016, a receita total retrocedeu 6,2%, para depois, em 2017, apresentar uma t�mida melhora. Se essa recupera��o se mantiver no patamar registrado no ano passado, de 1,6%, os Estados s� v�o ter uma receita pr�xima � de 2014 em 2020, apontam c�lculos do diretor do Ipea. "A boa not�cia � que parou de cair. Mas a tend�ncia de recupera��o � muito fraca."
Sem dinheiro em caixa e com uma folha de pagamentos crescente por causa do maior n�mero de aposentados, os Estados pararam de contratar e tiveram de cortar investimentos, em uma tentativa de fazer as contas fecharem. "Na pr�tica, o que aconteceu � que, se o governo ia comprar um carro para a Pol�cia, acabou n�o comprando. Teve Estado que quase zerou os investimentos e agora est�, lentamente, voltando", disse ele.
No Rio de Janeiro, por exemplo, al�m de ter ocorrido atrasos nos pagamentos de sal�rios e aposentadorias, a redu��o dos investimentos foi de 62% em 2016, segundo o �ltimo boletim sobre situa��o fiscal dos Estados feito pelo Tesouro Nacional.
A economista Vilma Pinto, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, disse que nos �ltimos oito anos, enquanto os investimentos totais dos Estados recuaram 3,1%, o gasto com pessoal avan�ou 4%. Ela lembra que houve um desencontro entre receitas, que apresentam um comportamento c�clico, e despesas, que s�o constantes. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.