
"Presentes ind�cios suficientes de autoria e materialidade, recebo a den�ncia contra os acusados", afirmou Moro.
A Lava-Jato aponta que Vaccarezza, l�der do PT na C�mara na �poca dos fatos, "utilizou a influ�ncia decorrente do cargo em favor da Sargeant Marine, o que culminou na contrata��o, pela Petrobras, de cinco opera��es de fornecimento de asfalto entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 74 milh�es".
"O ex-deputado usou sua for�a e influ�ncia pol�ticas para atender aos interesse da Sargeant Marine e, com a contrata��o da empresa americana pela Petrobras, obter vantagens indevidas para si e para outros denunciados", sustenta a Procuradoria.
Um dia depois de ser denunciado, Vaccarezza afirmou a amigos que a acusa��o contra ele "se baseia numa dela��o premiada de uma �nica pessoa". Em mensagem, o candidato escreveu que tem "condi��es de disputar e ganhar as elei��es".
"Amigos. O MP me denunciou ontem. Como voc�s sabem esta den�ncia se baseia numa dela��o premiada de uma �nica pessoa, n�o tem prova, n�o tem movimenta��o financeira, n�o tem enriquecimento il�cito. Sou inocente e vou provar a minha inoc�ncia. Temos condi��es de disputar e ganhar as elei��es. Vamos fazer a campanha sem medo e com a certeza da vit�ria. O Brasil tem jeito e serei a voz da nossa base em Bras�lia. Nunca vou decepcionar nenhum de voc�s. Forte abra�o. Vaccarezza", escreveu.
O ex-deputado foi preso em agosto do ano passado na Opera��o Abate, 44ª fase da Lava-Jato. O juiz federal S�rgio Moro mandou soltar Vaccarezza, que alegou "problemas de sa�de", mas com imposi��o de seis medidas cautelares. Uma delas, a fian�a de R$ 1,5 milh�o.
Vaccarezza deixou a cadeia sem pagar o montante. Na ter�a-feira, 14, Moro deu um ultimato ao ex-deputado: prazo de cinco dias para o ex-parlamentar acertar as contas.
Em julho, mesmo devendo R$ 1,5 milh�o, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal. A "vaquinha" de Vaccarezza foi revelada pela reportagem do Estad�o.
Nessa ter�a-feira, Vaccarezza pediu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF-4) que impe�a o juiz federal S�rgio Moro de decretar sua pris�o. No requerimento, a defesa do candidato afirma que "� apenas uma quest�o de tempo seu encarceramento ou inova��o nas medidas cautelares, pois se em mais de um ano n�o conseguiu reunir recursos para adimplir a fian�a, n�o o far� em cinco dias".
A reportagem est� tentando contato com os citados, mas ainda n�o obteve retorno.