
Divulgar o livro tem sido a prioridade do petista. No dia 4, Dirceu participa de uma noite de aut�grafos no Circo Voador, no Rio de Janeiro.
Antes, no dia 30, sua presen�a � esperada em um evento de sindicalistas no bairro da Liberdade, em S�o Paulo. Depois deve percorrer outras capitais.
Nesta semana, o livro foi colocado em pr�-venda juntamente com uma p�gina na internet que adianta trechos divididos por momentos importantes da hist�ria brasileira dos quais Dirceu participou, como o golpe militar de 1964 e a chegada do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ao poder em 2002, relatados quase sempre em primeira pessoa.
Na parte sobre a elei��o de 1989, quando Lula perdeu no segundo turno para Fernando Collor de Mello, Dirceu questiona: "Ser� que n�o foi melhor perdermos e s� ganharmos em 2002, 13 anos depois?"
Depois de relatar casos de bastidor como a relut�ncia de Fernando Henrique Cardoso em apoiar o PT no segundo turno, o pr�prio Dirceu responde: "Digo que n�o. Ter�amos evitado a trag�dia dos anos Collor e o Brasil n�o seria o mesmo."
Em outro trecho, Dirceu revela o papel crucial do vereador Eduardo Suplicy, candidato ao Senado pelo PT, no impeachment de Collor: "Suplicy insistiu, persistiu, quase invadiu a su�te de Pedro Collor no hotel Mofarraj, em S�o Paulo, at� que conseguiu ser recebido pelo irm�o do presidente. Eu o acompanhei e, juntos, ouvimos o impublic�vel. Um relato frio, sincero e impec�vel sobre a rela��o de Collor com seu tesoureiro e do papel de PC Farias no governo. Devemos a essa figura �nica -Eduardo Suplicy - o in�cio da CPI."
Dirceu tamb�m relembra a �poca em que foi l�der estudantil nos anos 1960, a pris�o em 1969, a liberdade em troca do embaixador dos EUA Charles Elbrick e os anos de ex�lio em Cuba.
O ex-ministro diz que era submetido a dois tipos de treinamento, militar e clandestinidade. "Fiquei interessado nessa segunda fase porque, no futuro, seria fundamental, particularmente a �rea de disfarces, falsifica��o de documentos, clandestinidade e t�cnicas de comunica��o em r�dio, c�digos, senhas, tintas invis�veis etc."
Ao relatar os anos que viveu disfar�ado no interior do Paran�, Dirceu afirma que mantinha com disciplina o h�bito de estudar as t�cnicas aprendidas em Cuba. "Nunca deixei de fazer os exerc�cios, treinar os c�digos e limpar as armas", diz.
No trecho divulgado sobre o mensal�o, Dirceu n�o faz qualquer autocr�tica e atribuiu o esc�ndalo a uma vingan�a do ex-deputado Roberto Jefferson.