
"Os fatos remontam h� mais de sete anos e, al�m disso, a realidade � outra, houve ren�ncia ao cargo eletivo, submiss�o a novo pleito eleitoral e derrota nas elei��es. Ou seja, o que poderia justificar a manuten��o da ordem p�blica - fatos recentes e poder de dissuas�o - n�o se faz, efetivamente, presente", observou o presidente do STJ. O tucano deixou o governo do Paran� em abril do ano passado para disputar o Senado mas n�o foi eleito.
Na mesma decis�o, que tamb�m mandou soltar Jos� Richa Filho, irm�o do ex-governador, Noronha determinou a expedi��o da ordem de salvo-conduto de ambos "para que n�o sejam presos cautelarmente no �mbito da Opera��o Integra��o II, exceto se demonstrada, concretamente, a presen�a de algum dos fundamentos admitidos pela legisla��o processual em vigor para sua decreta��o".
CORRUP��O. O ex-governador do Paran� foi preso na manh� do dia 25 de janeiro pela Pol�cia Federal. A pris�o preventiva do tucano foi decretada pelo juiz Paulo S�rgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba. O pedido foi feito pelo for�a-tarefa da Lava Jato na Opera��o Integra��o, que investiga corrup��o, lavagem de dinheiro e associa��o criminosa na concess�o de rodovias federais no Paran� que fazem parte do Anel da Integra��o.
Richa foi detido por volta das 7h, em Curitiba. O magistrado tamb�m determinou a pris�o do contador Dirceu Pupo Ferreira, homem de confian�a do ex-governador do Paran�. Os procuradores afirmam que o tucano recebeu pelo menos R$ 2,7 milh�es em propinas pagas em esp�cie por concession�rias de ped�gio no Paran� e outras empresas que mantinham negocia��es com o governo.
Segundo a Procuradoria, dos R$ 2,7 milh�es, R$ 142 mil foram lavados por meio de dep�sitos feitos para a Ocapor� Administradora de Bens. Embora esteja no nome da mulher e dos filhos de Richa, a empresa, conforme investiga��es, era controlada pelo tucano. J� a maior parte dos recursos, cerca de R$ 2,6 milh�es, teriam sido lavados por Richa por meio da compra de im�veis - em nome da Ocapor� - com a ajuda do contador.
R�u
Beto Richa j� havia sido preso na Opera��o Radiopatrulha, do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Minist�rio P�blico do Paran�, em setembro do ano passado, quando era candidato ao Senado. O tucano foi solto ap�s quatro dias por decis�o do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Richa � r�u na Radiopatrulha, que apura irregularidades no Programa Patrulha do Campo, de manuten��o de estradas rurais. Segundo o inqu�rito, h� ind�cios de direcionamento de licita��o e pagamento de propina a agentes p�blicos, al�m de lavagem de dinheiro e obstru��o da Justi�a.