
O governador em exerc�cio Paulo Brant (Novo) reconheceu nesta quinta-feira que o Executivo encontrar� dificuldade para aprovar o plano de recupera��o fiscal na Assembleia Legislativa, mas ressaltou que o Legislativo n�o ser� um "obst�culo" a ser superado. A medida � considerada fundamental pelo Executivo para sanear as finan�as do estado.
“Ela (Assembleia) vai ser uma parceira na constru��o de uma solu��o. A Assembleia est� ciente que a situa��o do governo � muito dif�cil e a gente tem que construir em conjunto, Assembleia e Poder Executivo”, disse Brant, durante almo�o com empres�rios em Belo Horizonte. “N�o vamos colocar uma faca no pesco�o da Assembleia”, completou.
O regime de recupera��o fiscal � negociado com a Uni�o, e envolve uma repactua��o da d�vida que Minas tem com o Tesouro Nacional, hoje superior a R$ 90 bilh�es. O plano possibilita ainda ao governo estadual ter acesso a financiamentos. Em contrapartida, no entanto, o estado se v� obrigado a adotar medidas impopulares, como a privatiza��o de estatais e aumento da al�quota na contribui��o previdenci�ria dos servidores civis e militares.
Antes mesmo de chegar � Casa, deputados inclusive da base aliada avaliam que ser� dif�cil a aprova��o dos textos. "Mais impopular ainda � o estado n�o ter dinheiro para pagar hospitais, faltar rem�dio, faltar recurso para a educa��o integral. Isso que � extremamente impopular", rebateu o secret�rio de Governo Cust�dio Mattos.
De acordo com o secret�rio, a meta do governo � debater todas as propostas com os l�deres partid�rios e o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV).
"Vamos mostrar que � duro, precisa ser discutido, precisa ser aperfei�oado, e a parte da democracia, mas a nosso ver � absolutamente imprescind�vel", argumentou.
O pr�prio Agostinho Patrus reconheceu, em entrevista ao Estado de Minas, que o governo encontrar� dificuldade para aprovar o plano de recupera��o fiscal na Assembleia. Ap�s conversa com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzer, que adotou o plano no estado, afirmou ainda que a medida sozinha n�o conseguir� resolver os problemas financeiros do estado.