O vereador Claudio Duarte (PSL) deixou a Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, �s 14h36 desta sexta-feira. De acordo com a Secretaria de Administra��o Penitenci�ria (Seap), o alvar� de soltura do parlamentar foi encaminhado � unidade prisional por volta de 12h30.
O parlamentar havia sido preso no �ltimo dia 2, sob a acusa��o de receber parte dos sal�rios de funcion�rios de seu gabinete – pr�tica conhecida como “rachadinha”. Ele teria embolsado R$ 1 milh�o dos funcion�rios em pouco mais de dois anos de mandato.
A pris�o tempor�ria de 10 dias venceu � meia noite de ontem, mas segundo a Seap, ele n�o podia ser liberado antes da apresenta��o do alvar� de soltura. A vers�o do advogado Willian Reis � outra: o atraso na libera��o teria sido causado por um erro da Secretaria.
O chefe de gabinete do vereador, Luiz Carlos Cordeiro, foi preso na mesma opera��o e tamb�m j� foi liberado. Ele deixou o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) na madrugada desta sexta-feira.
Cl�udio Duarte e Luiz Carlos Cordeiro foram presos no �ltimo dia 2 e v�o responder na Justi�a por peculato, pedido de vantagem il�cita, organiza��o criminosa e obstru��o da Justi�a.
A C�mara Municipal suspendeu a atividade do vereador at� 1º de junho, mas ele continua recebendo o sal�rio de R$ 17,64 mil.
Tamb�m tramita na Casa um pedido de cassa��o do mandato do parlamentar, apresentado pelo advogado Mariel Marra – o mesmo autor do pedido de cassa��o de Wellington Magalh�es (PSDC).
De acordo com a assessoria de imprensa da C�mara, o pedido foi encaminhado � Procuradoria da Casa para an�lise dos crit�rios t�cnicos de aceitabilidade da den�ncia. Depois dessa avalia��o – que n�o tem um prazo definido – ser� enviado � presid�ncia da Casa que dever� remet�-lo ao plen�rio.
Aprovado por pelo menos 21 vereadores, h� a abertura de uma comiss�o processante composta de tr�s membros, escolhidos por sorteio. O relat�rio do grupo que pode ser pela cassa��o ou n�o � ent�o votado em plen�rio. Para a aprova��o s�o necess�rios 28 votos.
OUTRO LADO
Respons�vel pela defesa do vereador, o advogado Willian Reis negou nesta sexta-feira que o cliente tenha confessado � Pol�cia Civil a participa��o em qualquer pr�tica de rachadinha.
Segundo ele, os funcion�rios faziam uma doa��o mensal espont�nea de 10% do sal�rio para “necessidades” do gabinete, como a compra de medicamentos e cestas b�sicas para distribui��o �s bases do vereador.
“O verador n�o tinha qualquer experi�ncia pol�tica, est� no primero mandato, e acabou tendo entre seus colaboradores o Marcelo Cassiano, que explicou como funcionava a pr�tica dos gabintes, que todos os veradores faziam isso”, disse, referindo-se ao ex-assessor e delator do esquema � Pol�cia Civil.