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Estado de Minas POL�TICA

STF forma maioria para impedir Bolsonaro de extinguir conselhos amparados por lei

Ministro Edson Fachin argumentou que decreto presidencial � "retrocesso em termos de direito fundamentais"


postado em 12/06/2019 17:24 / atualizado em 12/06/2019 17:54

Quatro ministros já votaram para suspender integralmente o decreto, e outros dois de forma parcial(foto: Nelson Jr./SCO/STF)
Quatro ministros j� votaram para suspender integralmente o decreto, e outros dois de forma parcial (foto: Nelson Jr./SCO/STF)
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) j� votou de forma contr�ria, em parte ou integralmente, ao decreto do governo Bolsonaro que prev� a extin��o de �rg�os colegiados da administra��o p�blica federal. Com os seis votos j� computados, e maioria confirmada ao fim do julgamento, ser� a primeira medida do governo Bolsonaro a enfrentar uma derrota no plen�rio da Suprema Corte.

Quatro ministros j� votaram para suspender integralmente o decreto, e outros dois de forma parcial, estipulando que o governo apenas n�o pode extinguir conselhos que tenham amparo em lei, que � a posi��o dos ministros Marco Aur�lio Mello e Alexandre de Moraes. J� os ministros Edson Fachin, Lu�s Roberto Barroso, Rosa Weber e C�rmen L�cia querem a suspens�o integral do ato presidencial - o que implica a proibi��o da extin��o dos �rg�os colegiados atrav�s do decreto, tenham eles amparo na lei ou n�o.

Esta ala mostrou insatisfa��o com o fato de o decreto n�o indicar nominalmente quais conselhos ser�o fechados. "Ao determinar a extin��o at� dia 28 de junho, sem indicar quais ser�o atingidos pela medida n�o � apenas desaparecimento de um cem n�meros, mas sim qui�� a extin��o em alguma medida do direito de participa��o da sociedade", considerou Fachin, para quem isso significa um "retrocesso em termos de direito fundamentais".

O decreto assinado pelo presidente que extingue �rg�os colegiados da administra��o federal pode acabar com at� 30 conselhos e comiss�es de participa��o e controle social em �reas como erradica��o do trabalho escravo e pessoa com defici�ncia.

Barroso citou alguns conselhos alvos de extin��o, como a Comiss�o Nacional de Erradica��o do Trabalho Escravo, e destacou que o trabalho escravo � um "problema que ainda existe", e que seria um "retrocesso" enfraquecer o debate sobre o tema. "Eu nem acho que o governo queira enfraquecer, mas � o subproduto deste decreto", afirmou.

Depois do voto de Barroso, Moraes, que j� havia votado, fez um aparte para afirmar que, de todos os conselhos citados pelo colega, apenas o que envolve discuss�o sobre internet n�o foi previsto na Medida Provis�ria da administra��o p�blica que foi convertida em lei pelo Congresso Nacional.


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