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Estado de Minas

Zema: Se ajuste for aprovado, parcelamento de sal�rios acaba em 90 dias

Prestes a completar seis meses de mandato, o governador afirmou que vai haver aumento de contribui��o previdenci�ria


postado em 27/06/2019 13:35 / atualizado em 27/06/2019 17:22

O governador Romeu Zema (Novo) afirmou na tarde desta quinta-feira (27) em entrevista ao Estado de Minas e Portal Uai que a ades�o ao regime de recupera��o fiscal do governo federal vai representar o fim do parcelamento dos sal�rios dos cerca de 600 mil servidores mineiros em um prazo de 90 dias.

(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press )
(foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press )

Segundo ele, a regulariza��o ser� poss�vel por causa das privatiza��es, da redu��o de despesas do estado e do aumento da contribui��o previdenci�ria do funcionalismo.

“Se aprovarmos o ajuste em quest�o de 90 dias temos de colocar a folha de pagamento em dia e n�o ser paga mais de forma parcelada. Cerca de 90 dias j� haver� os reflexos que v�o permitir isso”, disse na entrevista, que ocorre �s v�speras de Zema completar seis meses de governo.


A ades�o ao ajuste, no entanto, depende do apoio da Assembleia e o governador reconheceu que hoje n�o tem ainda o apoio que precisa. Com uma base de 21 parlamentares na Casa, Zema afirmou que vai conseguir chegar aos pelo menos 48 votos que precisa para aprovar mudan�as na constitui��o mineira.

Durante a conversa transmitida ao vivo pelo Portal Uai e em.com.br, Zema afirmou ainda que a reforma da Previd�ncia proposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ter� um efeito imediato sobre os cofres estaduais.

Zema tamb�m falou sobre promessas de campanha, frustra��es que enfrenta no primeiro cargo p�blico que ocupa e expectativas para a economia do estado.

Veja o que ele disse:

EXPERI�NCIA NO SETOR PRIVADO x P�BLICO

Quem tem me encontrado hoje e me conhecia antes tem dito que estou com a cara muito melhor. A sensa��o que tenho � que na minha empresa j� havia aprendido bastante e feito muita coisa. Parece-me que aqui estou enxergando mais oportunidades. � muito gratificante voc� ver que pode melhorar as coisas.

Um estado acumula inefici�ncias com muita facilidade e, como venho de um setor privado, estamos enxergando muita coisa em termo de redu��o de custos, melhoria e efici�ncia que j� come�ou a dar resultado. No decorrer dos anos isso vai ser potencializado e melhorar muito. Estou basteante otimista.

FRUSTRA��ES

Diria que algumas vezes � frustrante, porque tudo que faz no estado tem de estar consultando uma advocacia geral para ver se aquilo est� dentro da legalidade. Muitas altera��es temos de fazer via Assembleia e isso leva um certo tempo, apesar de a Assembleia estar sendo bastante colaborativa, no meu ponto de vista est� compreendendo a situa��o extremamente delicada das finan�as de Minas. Mas n�o deixa de ser um pouco frustrante para quem vem do setor privado que assenta na reuni�o e est� tudo definido.

O estado tem uma estrutura mais est�vel, n�o foi feito para mudara como uma empresa privada, que muda com mais rapidez, mas diria que estamos nesses seis meses fazendo mudan�as que muito provavelmente n�o foram feitas nos �ltimos anos no estado.

PROMESSA COM SAL�RIO ALHEIO

O que aconteceu foi que estava fazendo sobre a minha pessoa, tenho condi��es, a empresa minha continua operando e recebo recursos apesar de n�o estar l�, como acionista. O pessoal da minha �rea de marketing, na ocasi�o da campanha, gostou muito disso e falou vamos registrar em cart�rio.

Por algum motivo, quando j� estava a imprensa l� no cart�rio, algu�m, n�o sei se por desconhecimento, incluiu al�m de mim outras pessoas. E eu j� estava l� em frente �s c�meras, em frente a imprensa e falei, a minha chance sei que � muito pequena de ganhar (a elei��o) vou assinar. E acabou que fiquei nessa sinuca de bico.

Mas vale lembrar que muitos dos meus secret�rios tem a mesma situa��o semelhante � minha, s�o pessoas que j� est�o numa fase p�s-carreira, que j� fizeram uma poupan�a, j� tem alguma empresa operando. Mas muitos n�o.

Temos pessoas novas extremamente din�micas que vieram de outros estados. E temos pessoas que eu nem conseguiria fazer essa promessa cumprir porque s�o cedidas de �rg�os federais. Eu n�o imaginava que fosse uma salada de frutas com tantas frutas diferentes e acabou no que deu. Eu reconhe�o que foi um erro. Se eu tivesse tido maior proximidade com o funcionamento nunca teria assinado aquele documento exceto para mim. Minha parte estou cumprindo.

SAL�RIO M�NIMO OU NADA?

Gostaria que as pessoas indicassem o que � melhor (emenda aprovada na reforma administrativa permite optar por um sal�rio m�nimo ou n�o receber nada). Se h� essa op��o de n�o receber parece que � o que estaria mais de acordo com o que propus. Hoje estou doando. Sobre os outros (secret�rios e dirigentes) gostaria de n�o opinar porque j� opinei uma vez, como eu disse, e eu vi que n�o � o ideal.

ASSEMBLEIA

Tanto Minas quanto o Brasil est�o passando por um momento in�dito. Tivemos minha elei��o que nunca tive rela��o com a pol�tica e elei��o de um presidente que veio de um partido que nunca teve grande representatividade e isso est� gerando um terremoto nas rela��es entre Executivo e Legislativo. Estamos aprendendo, criando esse di�logo e interlocu��o para que venhamos a falar a mesma l�ngua.

De todos deputados  de Minas, o �nico que eu conhecia h� um ano era o Bosco, da minha cidade. Ent�o estou lidando com 76 deputados que n�o conhecia, inclusive o pr�prio Agostinho (Patrus, presidente da ALMG), ent�o leva um tempo. Mas vejo que � um namoro que est� caminhando bem e vai virar casamento.

FOGO AMIGO DO NOVO

Um partido que prega o liberalismo tem que tolerar esse tipo de coisa. Ser liberal � tolerar, n�o � concordar mas respeitar opini�es diferentes, acho que est� bem dentro do credo do nosso partido essa express�o do deputado Bart�, que foi uma surpresa. Do meu ponto de vista ele se excedeu um tanto quanto.

Mas por coincid�ncia estava almo�ando com a secret�ria J�lia (Sant'Anna, de Educa��o) e acho que n�o tem nada melhor que demonstrar bom desempenho para poder mostrar que o trabalho est� na dire��o certa. E a secretaria de Educa��o vai mostrar excelentes not�cias nos pr�ximos anos. O IDEB n�o vamos melhorar, vamos dar um pulo.

DALAI, BUDA E B�BLIA

Venho de uma fam�lia cat�lica mas at� hoje li muito mais Dalai Lama e Buda do que B�blia. Tento levar tudo na paz, berro n�o resolve as coisas, agress�o n�o resolve. Precisamos aprender a entender o ponto de vista alheio, dialogar, isso que constr�i uma ideia melhor.

POVO E PRIVATIZA��O DA CEMIG

Hoje a constitui��o fala em referendo popular. At� podemos avaliar essa op��o apesar de ser extremamente onerosa, trabalhosa e dif�cil na quest�o de tempo e estrutural. Al�m disso vejo que quando se fala de privatiza��o a maioria da popula��o n�o tem acesso a dado para poder avaliar bem.

Algumas vezes temos de delegar para algumas pessoas determinas quest�es. Eu n�o tomo rem�dio sem consultar m�dico. Quem est� na Assembleia hoje que tem condi��o de se aprofundar nos dados, do meu ponto de vista, sem desrespeitar o mineiro, teria condi��o de tomar uma decis�o mais adequada que a pr�pria popula��o.

VOTOS PARA PRIVATIZAR

Hoje n�o ter�amos mas vamos caminhar para t�-los. Temos de pensar que empresa estatal j� foi bom no passado, no governo militar surgiram diversas e foram sucesso, mas o mundo mudou. Hoje temos um estado quebrado. O principal dono da Cemig � o estado e ela precisa de R$ 21 bilh�es para deixar a rede de transmiss�o, gera��o e distribui��o em ordem. Ela n�o tem condi��o de investir este valor, vai investir R$ 6 bilh�es nos pr�ximos anos. Queremos uma empresa que atenda bem a popula��o e possa trazer novos empregos para Minas ou uma empresa travando esse desenvolvimento?

INVESTIMENTOS

Hoje no mundo temos excesso de capital, taxa de juros negativa em alguns pa�ses s� n�o temos mais investimento no Brasil porque est� aguardando a reforma da Previd�ncia. O Brasil n�o � um pa�s t�o convidativo porque temos hoje ainda um estado que gasta mais do que arrecada e isso em termos de risco pa�s faz com que ele v� l� para cima e afugente os investidores. Ent�o a reforma da Previd�ncia est� dentro deste contexto.

Quero no meu governo fazer com que Minas venha a ser o estado da energia abundante e barata. Isso � o que vai mais atrair empresa para Minas. J� fomos o maior produtor de alum�nio no Brasil, hoje n�o produzimos mais nada porque � muito mais conveniente para quem tem a energia hidrel�trica vender no mercado do que produzir o alum�nio. O Brasil virou isso. Onde energia � cara vou produzir para vender e n�o para consumir.    


FIM DO PARCELAMENTO E AUMENTO DE CONTRIBUI��O

Se aprovarmos o ajuste em quest�o de 90 dias temos de colocar a folha de pagamento em dia e n�o ser paga mais de forma parcelada. Cerca de 90 dias j� haver� os reflexos que v�o permitir isso. Primeiro porque vamos ter as privatiza��es, talvez levem at� mais tempo, mas os ajustes v�o significar redu��o de despesa e aumento de contribui��o de algumas categorias. Isso tem um efeito imediato.

A pr�pria reforma da Previd�ncia vai ter um efeito imediato nos cofres do estado. Temos no Brasil entre desempregados e subempregados 28 milh�es de pessoas.

Quem � que pode contribuir neste momento? Quem tem estabilidade no emprego e aposentadoria ou o desempregado? � o momento da sociedade enxergar que precisa sacrif�cio e o sacrif�cio tem de vir de quem est� a�. Hoje no Brasil quem tem comida na mesa e uma renda � privilegiado porque temos 20 milh�es de pessoas que n�o tem esse privil�gio.

OUTROS GOVERNADORES

A classe pol�tica precisa ter coragem. Fico indignado com alguns governadores com os quais participo de reuni�o que n�o assumem essa postura de que a reforma da previd�ncia � necess�ria. Eu e os outros governadores estamos nadando num mar cheio de tubar�o e tem governador que fala o seguinte: 's� aceito sair daqui se tiver um banquete a�, caso contr�rio n�o quer sair'. Qualquer um que sa�sse de um mar de tubar�o deveria agradecer e a reforma da Previd�ncia vai ser extremamente ben�fica para os estados neste sentido.

RECUPERA��O ECON�MICA


Minas est� inserida no contexto do Brasil e dependemos da reforma da previd�ncia e tribut�ria. E n�s estamos fazendo em Minas um trabalho que est� nos deixando um pouco menos afetados pela tempestade Brasil. Nos quatro primeiros meses do ano, de acordo com o Caged, somos o segundo estado que mais criou empregos: 55 mil. Perdemos para S�o Paulo, mas proporcionalmente somos muito melhores, enquanto muitos estados tiveram decr�scimo no n�mero de vagas.

Estamos fazendo um governo amigo de quem investe e gera empregos. Estava agora cedo com o prefeito de Uberaba e o presidente da cervejaria Petr�polis que ia fazer um investimento de R$ 600 milh�es e agora falou que v�o ser R$ 1,1 bilh�es, vou investir e produzir o dobro. Como essa cervejaria, estamos atraindo uma s�rie de outros empreendimentos.

ESTABILIDADE x EMPRES�RIOS

O empres�rio est� vindo em Minas, eu coloco tapete vermelho. N�o estou fazendo muito diferente do que os outros faziam mas estou dando estabilidade e previsibilidade. Uma das coisas que prejudicou muito Minas no �ltimo governo foi os prefeitos inclusive n�o saberem o quanto iriam receber.

O que aconteceu em Minas nunca aconteceu no Brasil, que � o prefeito n�o receber repasse constitucional. Ent�o essa previsibilidade que estamos dando, esse trabalho s�rio atrai emprego e faz a economia come�ar a se reerguer. Talvez a gente at� esteja indo bem porque estava indo mal demais, a refer�ncia era muito baixa. Mas eu diria que Minas vai ficar bem acima da m�dia do Brasil, fa�o quest�o e pessoalmente tenho conduzido isso.

SEM INVAS�ES E BLOQUEIOS

Cada empreendimento que vem para c� encontro com o presidente e asseguro para ele: aqui as regras s�o est�veis, aqui n�o vai ter invas�o de terra, n�o vai ter via interditada com protesto. Aqui � um lugar para trabalhar, � um lugar de ordem. E isso tem peso.


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