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Estado de Minas

Lei Kandir, que pode render R$ 135 bi a MG, ser� discutida no STF

O recurso vem sendo colocado pelos deputados estaduais como alternativa � ades�o do estado ao regime de recupera��o fiscal


postado em 01/07/2019 11:55 / atualizado em 01/07/2019 12:21

O imbróglio entre estados e União que se arrasta há anos será discutido no STF(foto: Dorivan Marinho/SCO/STF)
O imbr�glio entre estados e Uni�o que se arrasta h� anos ser� discutido no STF (foto: Dorivan Marinho/SCO/STF)

Principal bandeira levantada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o ressarcimento dos cofres estaduais pelas perdas com a Lei Kandir, que desonerou as exporta��es do pagamento de ICMS, ser� discutido com a Uni�o e os estados no Supremo Tribunal Federal para se chegar a uma poss�vel concilia��o. A audi�ncia foi marcada para 5 de agosto pelo ministro Gilmar Mendes e faz parte de uma a��o que reclama a omiss�o do Congresso Nacional sobre o tema.

Minas Gerais � um dos 16 estados que ingressaram como interessados na a��o direta de inconstitucionalidade por omiss�o impetrada pelo estado do Par�. Est�o na lista Bahia, Distrito Federal, Esp�rito Santo, Goi�s, Maranh�o, Mato Grosso, Par�, Paran�, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rond�nia, Santa Catarina, Sergipe e S�o Paulo.

Nesta segunda-feira (1), o STF mandou intimar todos os estados federados para comparecer � audi�ncia na 2ª Turma do STF munidos de “propostas que envolvam o pacto federativo discutido nesses autos”. O despacho determinando a realiza��o da audi�ncia considera a busca por um “compromisso conciliat�rio” manifestado pelos interessados.

Pelos c�lculos dos governadores, as perdas dos estados com a Lei Kandir chegam a R$ 600 bilh�es. S� para Minas Gerais este valor � de R$ 135 bilh�es.

Alternativa � recupera��o fiscal


Em meio � expectativa de envio das propostas para a ades�o de Minas ao regime de recupera��o fiscal do governo federal, parlamentares mineiros apontam o dinheiro como alternativa �s medidas dr�sticas que precisar�o ser tomada para o acordo com a Uni�o.

O governador Romeu Zema (Novo) tem dito, no entanto, que embora n�o v� desistir de cobrar acredita que receber o pagamento seria como ganhar na loteria.

O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), comemorou a marca��o da audi�ncia, que, para ele, “demonstra a import�ncia de Minas estar mobilizada e brigando pelo direito de ser compensada”. “Afinal � o que prev� a lei e o que o STF j� decidiu por unanimidade”, disse.

Um dos organizadores de um livro sobre a Lei Kandir que foi lan�ado na Assembleia Legislativa de Minas na semana passada, o deputado S�vio Souza Cruz (MDB) defendeu que Minas fa�a uma articula��o com outros estados para apresentar uma proposta conjunta ao governo federal. Ele levou a ideia ao vice-governador Paulo Brant e ao secret�rio de Planejamento e Gest�o Otto Levy.

“Nessa discuss�o de pacto federativo talvez o item principal seja a Lei Kandir e Minas j� devia trabalhar essa proposta, porque a reforma tribut�ria � a pr�xima pauta do governo federal, depois da Previd�ncia”, disse.

Segundo S�vio, Minas exporta cerca de US$ 25 bilh�es e, deste valor, 90% s�o produtos b�sicos ou semielaborados. Pelos c�lculos do deputado, se esses produtos fossem tributados em 7%, por exemplo, renderiam US$ 1,5 bilh�o ou mais de R$ 5 bilh�es por ano. “Minas receberia por ano mais do que quer receber uma vez s� pela eventual privatiza��o da Cemig”, disse. 

Proposta conjunta


O advogado-geral de Minas S�rgio Pessoa, que vai representar Minas na audi�ncia, afirmou que o estado vai se organizar e levar� uma proposta. “Essa articula��o ocorrer� a partir de uma atua��o conjunta do governador Romeu Zema com a Assembleia e o Tribunal de Contas, com um prop�sito de encaminhar um documento com elementos t�cnicos para corroborar o que o estado tem reivindicado”, disse.

Pessoa afirmou que a articula��o com os estados ser� importante e deve ocorrer nas pr�ximas semanas, j� que a audi�ncia ser� no in�cio de agosto.

A Lei Kandir, que desonera as exporta��es do pagamento de ICMS, est� em vigor desde 1996, mas a compensa��o dos estados pelas perdas n�o foi regulamentada.

Congresso omisso

Decis�o do Supremo Tribunal Federal em 2016 entendeu que o Congresso Nacional foi omisso ao n�o definir as regras adicionais � legisla��o, que incide sobre o principal tributo de arrecada��o dos estados. Na ocasi�o, foi concedido um ano para os parlamentares fazerem a lei mas isso n�o ocorreu.

No dia 21 de fevereiro este ano, o ministro Gilmar Mendes deu mais um ano para o Congresso Nacional legislar sobre o tema.


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