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Estado de Minas POL�TICA

Manuela D'�vila prestar� depoimento sobre a��o de hacker, diz defesa

Ex-deputada informou em nota que, em maio, seu aplicativo Telegram foi invadido e confirmou que repassou ao "invasor" do celular o contato de Glen Greenwald, do The Intercept Brasil


postado em 29/07/2019 10:12 / atualizado em 29/07/2019 12:09

(foto: Wikimedia Commons)
(foto: Wikimedia Commons)

Ap�s retornar ao Brasil, a ex-deputada federal Manuela D'�vila (PCdoB-RS) deve prestar depoimento sobre a Opera��o Spoofing, informou sua defesa neste domingo, 28. A candidata � vice na chapa de Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial do ano passado deve voltar de viagem em at� 15 dias.

Segundo o advogado Alberto Toron, ela saiu do Pa�s no dia 23 de junho para fazer um curso na Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. Toron afirmou que colocar� Manuela � disposi��o das autoridades para "prestar todos os esclarecimentos que dela forem solicitados". "Assim que ela chegar no Brasil, ela prestar� depoimento na data em que a autoridade determinar", disse.

Na semana passada, Walter Delgatti Neto, conhecido como "Vermelho", disse em depoimento � Pol�cia Federal que fez contato com o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, por meio de Manuela. Delgatti Neto foi um dos presos na Opera��o Spoofing, suspeito de ter hackeado telefones de autoridades.

Em nota, Manuela disse que, em maio, seu aplicativo Telegram foi invadido e confirmou que repassou ao "invasor" do seu celular o contato de Greenwald. Desde o in�cio de junho, o site The Intercept Brasil, cofundado pelo jornalista americano, tem divulgado trocas de mensagens entre o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, e procuradores da for�a tarefa da Opera��o Lava Jato.

A defesa de Manuela afirma que a ex-deputada n�o tomou parte na a��o do suposto hacker. "Ela n�o teve envolvimento nenhum com apoio financeiro (a Delgatti Neto) ou coisa parecida. Manuela n�o tem preocupa��o alguma, apenas preocupa��o em dizer a verdade", afirmou Toron. "Ela simplesmente indicou o jornalista Glenn e se retirou do cen�rio".

O l�der do PCdoB na C�mara, o deputado federal Orlando Silva (SP), disse que o partido est� "absolutamente solid�rio a Manuela". O parlamentar ressaltou que, desde a sexta-feira, todos os l�deres da legenda manifestaram seu apoio por meio das redes sociais. "Manu fez o que qualquer pessoa s�ria faria. Infelizmente, a raz�o perdeu espa�o no Brasil", disse.

Silva afirmou ainda que espera que a invas�o ao celular de Manuela seja explicada. O l�der do PCdoB tamb�m cobrou que S�rgio Moro e o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol ofere�am seus celulares para per�cia.

Silva afirmou tamb�m que j� h� um requerimento pronto para convocar Moro a prestar esclarecimentos aos parlamentares sobre a Opera��o Spoofing. Na quinta-feira, 25, o ministro da Justi�a avisou a autoridades que tiveram celulares hackeados que o material obtido de maneira ilegal seria destru�do.

Para o parlamentar, a atitude do ministro seria uma "ilegalidade flagrante" e configuraria desrespeito ao artigo 325 do C�digo Penal, que versa sobre quebra de sigilo funcional. "Como (Moro) teve acesso a inqu�rito sigiloso? Esse � o dom�nio do Judici�rio e da Pol�cia Federal", disse Silva. "Pior, se teve acesso enquanto autoridade e servidor p�blico, n�o poderia quebrar o sigilo. Queremos ouvi-lo".

Segundo o l�der do PCdoB, o partido vai conversar com lideran�as partid�rias para decidir se a convoca��o de Moro ser� para uma audi�ncia no Plen�rio ou na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). "Vamos trabalhar para ser uma convoca��o com apoio de todos os partidos", afirmou. "N�o � assunto da esquerda, nem da oposi��o. Queremos o respeito � Constitui��o e as leis".

A reportagem apurou na �ltima quinta-feira que o presidente do Superior Tribunal de Justi�a, Jo�o Ot�vio Noronha, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, receberam contatos de Moro sobre a opera��o da PF.

Neste s�bado, 27, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a decis�o sobre uma poss�vel destrui��o de mensagens n�o cabe a Moro. "O Moro n�o far� nada que a lei n�o o permita fazer. Agora, foi uma invas�o criminosa", disse.


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