
Fornecedores de bens e servi�os reclamam de atrasos nos pagamentos pelo governo Romeu Zema (Novo). Na tentativa de pressionar o Executivo a quitar os d�bitos, empres�rios t�m procurado deputados na Assembleia Legislativa. Um deles, Alencar da Silveira Junior (PDT), usou o plen�rio da Casa, na tarde de ontem, para cobrar a regulariza��o nos repasses.
Dados da Secretaria da Fazenda apontam que atualmente o Executivo tem uma d�vida em torno de R$ 9 bilh�es com empresas que repassam para o estado desde caneta at� medicamentos e ve�culos para a Pol�cia Militar. Os valores referem-se tanto a contratos herdados da administra��o Fernando Pimentel (PT) quanto da gest�o Zema.
O subsecret�rio do Tesouro Estadual, F�bio Amaral, reconheceu os atrasos nos pagamentos e afirmou que ainda n�o h� uma estimativa de regulariza��o do passivo. “Existe hoje em Minas cronologia e tem que seguir a ordem para pagamentos. O repasse � feito para as secretarias e elas fazem (os pagamentos) conforme a disponibilidade de caixa, que ainda � bastante insuficiente”, disse. Neste ano, o estado j� teria destinado cerca de R$ 3,8 bilh�es para quitar d�vidas com fornecedores.
F�bio Amaral lembrou ainda que o governo encontrou no caixa um volume de R$ 19 bilh�es em restos a pagar – ou seja, d�vidas contra�das por Pimentel, e at� junho, conseguiu pagar R$ 7,6 bilh�es. “Infelizmente, a dificuldade de caixa do governo est� transparente para todos. Continuamos com os sal�rios parcelados, a proje��o da LDO para os pr�ximos tr�s exerc�cios � de d�ficit fiscal de R$ 10 bilh�es a R$ 11 bilh�es por ano”, alegou.
Resultado O subsecret�rio tamb�m rebateu informa��es de que o governo teria R$ 6 bilh�es em caixa. Nos �ltimos dias, deputados estaduais v�m reclamando de qual seria a destina��o para a “sobra” de recursos. De acordo com F�bio Amaral, nos primeiros seis meses do ano, os recursos se referem a um resultado cont�bil positivo, ao gastar menos do que tem arrecadado. “N�o existe dinheiro sobrando este ano, porque a receita gerada foi usada para restos a pagar, como o d�cimo terceiro sal�rio do ano passado e o sal�rio de dezembro. O que o estado arrecada este ano, utiliza para pagar divida do ano passado”, explicou. Ele lembrou que no in�cio do governo, todos os �rg�os foram orientados a renegociar e reduzir os contratos em 25% a 30% do valor.
