
O governador Romeu Zema (Novo) ignorou a op��o dada pela Assembleia Legislativa de deixar de receber o vencimento, como prometeu na campanha eleitoral, ou troc�-lo pelo valor simb�lico de um sal�rio m�nimo, fixado para este ano em R$ 998. Emenda aprovada na reforma administrativa que entrou em vigor em 30 de junho lhe dava 30 dias para, assim como o vice-governador Paulo Brant e o secret�rios de estado, requerer o n�o recebimento.
Segundo o portal da Transpar�ncia, o governador recebeu at� agosto os R$ 10,5 mil brutos , cujos valores l�quidos foram para R$ 8 mil e, segundo informa, est�o sendo doados a institui��es de caridade.
Ao assumir o cargo, Zema anunciou que iria doar o sal�rio porque, depois de eleito, descobriu que n�o havia a op��o de deixar de receber o vencimento. Esta possibilidade foi dada por uma emenda inclu�da pelos deputados na reforma administrativa aprovada em abril pelo Legislativo e sancionada por ele em maio para entrar em vigor um m�s depois.
Segundo o texto, "� facultado ao governador do Estado, ao vice-governador, aos secret�rios de Estado e aos dirigentes de funda��es, autarquias e empresas p�blicas requerer o n�o recebimento de seu subs�dio ou vencimentos, podendo, nesse caso, optar pelo recebimento do valor equivalente a um sal�rio m�nimo”.
O sal�rios brutos do governador, vice e secret�rios s�o respectivamente de R$ 10,5 mil, R$ 10,250 mil e R$ 10 mil.
Promessa em cart�rio
Durante a campanha eleitoral, o ent�o candidato Romeu Zema registrou em cart�rio a promessa de n�o receber sal�rio enquanto os servidores p�blicos estivessem com os pagamentos atrasados ou parcelados. No documento, ele incluiu o vice-governador e os secret�rios de estado na regra. Depois de eleito, no entanto, somente Zema e Brant anunciaram as doa��es.
Em entrevista ao Estado de Minas e Portal Uai em 27 de junho, Zema disse que gostaria que seus eleitores indicassem o que fazer em rela��o ao pr�prio sal�rio. “Se h� essa op��o de n�o receber, parece que � o que estaria mais de acordo com o que propus. Hoje estou doando. Sobre os outros (secret�rios e dirigentes) gostaria de n�o opinar porque j� opinei uma vez, como eu disse, e eu vi que n�o � o ideal”, afirmou na ocasi�o.
Jetons
Os secret�rios, al�m de estarem recebendo os vencimentos, est�o turbinando os valores com a participa��o em conselhos de empresas p�blicas. Apesar de ter condenado os jetons durante a campanha, Zema disse que errou e que eles s�o necess�rios enquanto o estado n�o puder dar aumento para os titulares das pastas.
O Estado de Minas entrou em contato com o governo desde a �ltima quarta-feira (2) para saber o posicionamento sobre o assunto mas at� a manh� desta sexta-feira (4) n�o obteve retorno.