
Duas das principais bandeiras dos governos Jair Bolsonaro (PSL) e Romeu Zema (Novo) n�o t�m a aprova��o dos belo-horizontinos: a reforma da Previd�ncia e a venda de estatais. Entre os mil moradores da capital com idades entre 18 e 75 anos, entrevistados pela Quaest Consultoria e Pesquisas, 85% se manifestaram contr�rios ao aumento da idade m�nima e o tempo de contribui��o para a aposentadoria. J� sobre as privatiza��es, 62% acham que as empresas p�blicas devem continuar na atual configura��o. A pesquisa foi encomendada pela C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL).
A economia projetada para os cofres p�blicos, por enquanto, � em torno de R$ 800 bilh�es em um per�odo de 10 anos. Na semana passada, os senadores modificaram a regra para o pagamento do abono salarial, o que reduziu a economia prevista em R$ 76 bilh�es.
O maior percentual de pessoas contr�rias � reforma da Previd�ncia est� no grupo de trabalhadores que recebem at� tr�s sal�rios m�ninos mensais (92%); que conclu�ram apenas at� o ensino fundamental (90%); mulheres (89%); e aqueles que t�m entre 30 e 59 anos (86%). Entre os entrevistados que se dizem de esquerda, 93% s�o contr�rios �s novas regras, mas as medidas encontram resist�ncia grande tamb�m entre aqueles que se consideram de centro (89%) ou de direita (73%).
O governo federal aponta o projeto como essencial para sanar o d�ficit previdenci�rio no pa�s – e com o mesmo discurso est�o os governadores, incluindo Romeu Zema. Embora o projeto em tramita��o no Congresso Nacional n�o tenha inclu�do estados e munic�pios, h� uma forte press�o de governadores e prefeitos para que os senadores apresentem uma emenda colocando os seus servidores na reforma. Um dos motivos � que seria muito mais dif�cil politicamente aprovarem leis espec�ficas nas assembleias e c�maras municipais.
No caso de Minas Gerais, h� um agravante a mais: o Pal�cio Tiradentes precisa modificar as regras da Previd�ncia – especialmente o aumento na contribui��o, dos atuais 11% para 14% do sal�rio – para que possa aderir ao pacote de ajuste fiscal promovido pela Uni�o.
No caso de Minas Gerais, h� um agravante a mais: o Pal�cio Tiradentes precisa modificar as regras da Previd�ncia – especialmente o aumento na contribui��o, dos atuais 11% para 14% do sal�rio – para que possa aderir ao pacote de ajuste fiscal promovido pela Uni�o.
A equipe econ�mica do governo mineiro vem apontando o ajuste como a alternativa para sanar a crise nas contas que o estado vive desde 2015, ano em que o ent�o governador Fernando Pimentel (PT) decretou estado de calamidade financeira. Para se ter uma ideia, a proposta or�ament�ria para o ano que vem j� prev� um d�ficit de R$ 13 bilh�es.
Resist�ncia
Outra medida necess�ria para aderir ao ajuste � a venda de estatais, o que inclui a Cemig, Copasa, Codemig e Gasmig. Para isso, precisa enviar projetos de lei para a Assembleia Legislativa – o que seria feito at� o final do m�s passado, mas mais uma vez foi adiado. No Legislativo, a proposta j� encontra resist�ncia de boa parte dos deputados estaduais. E tamb�m da popula��o de Belo Horizonte. Segundo a pesquisa, realizada entre 6 e 9 de setembro, apenas 38% dos entrevistados apoiam as privatiza��es.
No levantamento, apresentam maior resist�ncia � venda das estatais – sejam elas mineiras ou federais – os belo-horizontinos que se dizem de esquerda (78%); com idade entre 60 e 75 anos (66%); com n�vel de escolaridade at� o ensino fundamental (70%); e que recebem uma renda mensal de at� tr�s sal�rios m�nimos (73%). Por sexo, o n�mero de mulheres contr�rias �s privatiza��es superou o de homens: 66% a 58% daqueles que responderam � pesquisa.
No levantamento, apresentam maior resist�ncia � venda das estatais – sejam elas mineiras ou federais – os belo-horizontinos que se dizem de esquerda (78%); com idade entre 60 e 75 anos (66%); com n�vel de escolaridade at� o ensino fundamental (70%); e que recebem uma renda mensal de at� tr�s sal�rios m�nimos (73%). Por sexo, o n�mero de mulheres contr�rias �s privatiza��es superou o de homens: 66% a 58% daqueles que responderam � pesquisa.