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Estado de Minas

STF retoma julgamento de compartilhamento de dados do Coaf; assista

Supremo j� firmou que a decis�o sobre o caso ter� repercuss�o geral


postado em 20/11/2019 14:58 / atualizado em 20/11/2019 17:08

Ministro Dias Toffoli é relator do caso e presidente do STF(foto: Nelson Jr./SCO/STF)
Ministro Dias Toffoli � relator do caso e presidente do STF (foto: Nelson Jr./SCO/STF)
Depois de pausa para o almo�o, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar em plen�rio se �rg�os de controle que monitoram dados fiscais e banc�rios podem compartilhar dados sigilosos com �rg�os de investiga��o sem a necessidade de autoriza��o judicial. O julgamento acontece em meio a press�o da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e do Congresso Nacional e ap�s dois recuos do presidente da Casa, Dias Toffoli, sobre o uso desses dados.

Em manifesta��o enviada nessa ter�a-feira ao STF e reiterada nesta quarta-feira, durante a sess�o do STF, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, alertou os integrantes da corte que limitar o compartilhamento de dados sigilosos do antigo Coaf (rebatizado de Unidade de Intelig�ncia Financeira) com o Minist�rio P�blico e a pol�cia pode "comprometer tanto a reputa��o internacional do Brasil quanto sua atua��o nos principais mercados financeiros globais".

Segundo Aras, entre as consequ�ncias mais concretas que podem ocorrer caso o STF imponha limites ao repasse de informa��es do Coaf est�o a dificuldade de acesso a cr�ditos internacionais para projetos de desenvolvimento, redu��o do rating de investimento do Brasil por ag�ncias internacionais de classifica��o de risco e dificuldade de pagamentos a exportadores brasileiros em transa��es comerciais internacionais, "al�m de danos pol�tico-diplom�ticos".
 
No caso concreto, os ministros julgam o recurso do MPF contra a anula��o, pela segunda inst�ncia da Justi�a, de uma condena��o por sonega��o fiscal do dono de um posto de gasolina em S�o Paulo. A investiga��o teve in�cio a partir de um relat�rio do Fisco repassado diretamente aos procuradores.

O Supremo j� firmou que a decis�o sobre o caso ter� repercuss�o geral. Isso significa que, ao final do julgamento, ser� firmada uma tese a ser seguida por todos os tribunais do pa�s em processos do mesmo tipo.

Em julho, o ministro Dias Toffoli, relator do caso e presidente do STF, proferiu uma decis�o liminar (provis�ria), pedida pelo senador Fl�vio Bolsonaro (Sem partido-RJ), no processo do posto de gasolina, suspendendo todas as investiga��es do pa�s que tiveram como motiva��o relat�rios repassados por �rg�os de controle sem supervis�o judicial.

Segundo o MPF, 935 investiga��es foram interrompidas at� o momento em todo o territ�rio nacional em decorr�ncia da decis�o de Toffoli. A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) defende que a comunica��o direta de movimenta��es suspeitas pelos �rg�os de controle aos investigadores � fundamental para o combate a crimes como corrup��o e lavagem de dinheiro e segue os padr�es internacionais sobre o assunto.

Do outro lado, o posto de gasolina - alvo principal do processo - e tamb�m diversos outros interessados que pediram no mesmo caso a suspens�o de investiga��es contra si, alegam que o compartilhamento dos dados sem pr�via autoriza��o de um juiz viola o direito constitucional aos sigilos banc�rio e fiscal.

A expectativa � que o julgamento se estenda pela tarde. Pela manh�, ser�o ouvidos advogados e a PGR. Ao longo do julgamento ser� lido o relat�rio de Toffoli sobre o caso e, somente depois, os votos come�am a ser proferidos. 


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