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Estado de Minas MINAS NO SENADO / ANTONIO ANASTASIA (PSDB)

"Minha simpatia � pela reelei��o do prefeito Kalil", diz Anastasia

Senador pelo PSDB revela como foram rela��es com governo federal neste ano e admite votar para prefeito de BH em um advers�rio do partido que representa


postado em 29/12/2019 06:00 / atualizado em 29/12/2019 08:26

Anastasia reafirmou sua posição contrária à privatização de empresas mineiras, como a Cemig e a Copasa(foto: Roque de Sá/Agência Senado %u2013 3/9/19)
Anastasia reafirmou sua posi��o contr�ria � privatiza��o de empresas mineiras, como a Cemig e a Copasa (foto: Roque de S�/Ag�ncia Senado %u2013 3/9/19)
O primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (Sem partido) repetiu o baixo n�vel de investimentos dos �ltimos anos do governo federal em Minas Gerais. A an�lise � do senador Ant�nio Anastasia (PSDB), que lamenta a perda de espa�o da bancada mineira na tomada de decis�es em Bras�lia. “O fato � que no governo Temer n�o tivemos nenhum ministro e neste governo temos apenas um ministro, uma comprova��o da sub-representa��o ministerial do segundo estado da federa��o”, diz o tucano.

O senador considera que – apesar das pol�micas declara��es sobre o AI-5 e dos elogios � ditadura – ao longo do ano houve melhora na rela��o do Pal�cio do Planalto com o Congresso Nacional e que muitos choques que ganharam repercuss�o na m�dia e nas redes sociais n�o afetaram diretamente o clima na Pra�a dos Tr�s Poderes. Cortejado pelo PSD, Anastasia admite que existem conversas para deixar o ninho tucano, mas que ainda n�o tomou uma decis�o sobre a mudan�a de legenda. Mesmo com o PSDB lan�ando uma pr�-candidata � prefeitura de BH em 2020, o senador declara apoio � reelei��o do prefeito Alexandre Kalil (PSD): “Como cidad�o e eleitor, minha simpatia total � pela reelei��o do prefeito Kalil, que considero que faz uma bela gest�o”.
 
 
Como o sr. avalia a rela��o entre Congresso e o Executivo neste primeiro ano de governo do presidente Bolsonaro? At� que ponto declara��es pol�micas, como aquela a favor do AI-5, dele ou de seus ministros e filhos atrapalharam essa rela��o? 

Estamos vivenciando um tipo de relacionamento novo entre o Congresso e o Poder Executivo. N�o h� d�vida que o atual governo tem um comportamento diferente dos anteriores, o que n�o � ruim nem bom. Cada um tem sua caracter�stica e seu perfil. Acaba que h� uma base mais flu�da e mais vari�vel, n�o h� uma base s�lida, e existe uma grande converg�ncia da maioria do Congresso a favor do governo nas quest�es econ�micas. Foi muito forte essa tend�ncia.

Por outro lado, em mat�rias de temas da educa��o, da cultura e sociais, j� n�o h� esse endosso pleno ao governo e as resist�ncias s�o maiores. Da� tivemos v�rias derrubadas de vetos, como na quest�o de armamentos, em que o governo foi derrotado. E diante de todas as manifesta��es nas quais haja qualquer tipo de afirma��o ainda que em tese, contra a liberdade e a democracia o Congresso reage. Foi o que ocorreu. Acaba tendo um pouco mais especula��o do que choques verdadeiros e o ano termina melhor do que come�ou em termos de clima e ambiente entre Executivo e Legislativo. Claro que as rusgas existem, s�o naturais e humanas, mas o clima hoje � melhor do que foi em mar�o e abril.

Recente pesquisa de opini�o apontou o aumento da insatisfa��o da popula��o com o Congresso desde o in�cio do ano. Os embates do Legislativo com o Executivo podem ter influenciado essa piora?

Esse sentimento de que existe parte da popula��o insatisfeita em rela��o ao Legislativo, e hoje tamb�m com o Executivo e o Judici�rio, que antigamente nem era cogitado, decorre de um certo desgaste que as institui��es p�blicas brasileiras est�o sofrendo ao longo dos anos por diversos e distintos fatores. � algo um pouco male�vel, tem hora que melhora e hora que piora. Mas n�o h� d�vida que h� um desgaste, n�o s� da classe pol�tica, mas das autoridades de forma geral. � um dado da realidade atual. E isso n�o � s� no Brasil. Se fizer uma observa��o desse quadro em outros pa�ses da Europa Ocidental e aqui na Am�rica, voc� ver� que essa � uma caracter�stica quase universal, do desgaste dos poderes. 

Nos �ltimos meses houve forte cobran�a de parte da sociedade para aprova��o da pris�o em segunda inst�ncia, mas ficou para ano que vem. Em 2020 essa quest�o pode ser deixada de lado? 
Acho que o Senado votar� a segunda inst�ncia, como j� votamos o projeto de lei na CCJ (Comiss�o de Constitui��o e Justi�a). Conforme o acordo que foi feito entre as lideran�as do Senado e da C�mara, se a C�mara n�o aprovar a PEC at� meados de abril, n�s aprovaremos aqui o projeto de lei que vai ser remetido � C�mara. Se eles aprovarem a PEC n�s vamos aprovar a PEC no Senado. O objetivo � termos o mais breve poss�vel a aprova��o da pris�o em segunda inst�ncia, com as garantias colocadas, seja no projeto de lei, seja na PEC.

Existe uma disputa pelo protagonismo do tema entre Senado e C�mara?
� not�rio uma press�o da sociedade sobre essa mat�ria e os parlamentares querem responder. � claro que essa reposta n�o pode ser a�odada, ela tem que ser t�cnica. Por isso, n�s fizemos e eu participei da elabora��o da reda��o do projeto de lei exatamente com esse objetivo, de dar uma resposta adequada e que os objetivos fossem objetivos. N�o acho que h� querela entre C�mara e Senado, mas � claro que h� vis�o de alguns que entendem que deveria ser projeto de lei e outros que queriam uma PEC. Isso em mat�ria jur�dica � muito comum, esse confronto. 

Nos �ltimos governos Minas Gerais tem ocupado poucos espa�os no Poder Executivo federal. Por que o estado perdeu o protagonismo que tradicionalmente tinha nas decis�es em Bras�lia? 

Minas Gerais, de fato, tem hoje uma situa��o pol�tica diferente da que tinha no passado. Isso � um dado da realidade. O fato de que no governo Temer n�o tivemos nenhum ministro e, neste governo, temos apenas um ministro � uma comprova��o da sub-representa��o ministerial do segundo estado da federa��o.

Acho que a bancada se esfor�a, tanto na C�mara como no Senado, as verbas para os munic�pios t�m flu�do normalmente e os recursos t�m chegado, mas h� essa sensa��o de que em Minas Gerais, em rela��o aos governos do PT e do governo Temer, n�o recebemos em Minas investimentos expressivos.

Agora no primeiro ano do governo Bolsonaro tamb�m n�o. Ent�o temos alguns grandes gargalos, como o do metr�. Pelo menos, agora, veio uma boa not�cia em andamento, ainda n�o concretizada, com a aloca��o de R$ 1,2 bilh�o da VLI atrav�s do pagamento de uma multa para a recomposi��o da linha do Barreiro ao Calafate. Por outro lado, a quest�o da BR-381 de BH at� Governador Valadares, a mais emblem�tica, lamentavelmente ainda n�o avan�ou. O estado se ressente da aus�ncia desses investimentos. 

Qual ser� o papel do sr. nas elei��es de 2020 e como se posicionar� na disputa pela PBH?

As conversas s�o di�rias. N�s parlamentares somos procurados pelos candidatos e atuais prefeitos candidatos � reelei��o, conversamos politicamente, faz parte de nosso of�cio e nossas atribui��es. Quanto � elei��o municipal, muitas vezes, � delicado ter a participa��o ativa de um parlamentar, porque voc� foi apoiado em determinado munic�pio por dois ou tr�s grupos distintos na elei��o majorit�ria estadual, ent�o, na elei��o municipal voc� acaba desagradando um ou outro.

Mas, nas cidades maiores, pelo menos, nossa participa��o ocorrer�, conversando com os candidatos e sugerindo apoios, de forma democr�tica e adequada, com nossa participa��o pol�tica. Na situa��o de Belo Horizonte, j� me manifestei publicamente v�rias vezes. Como cidad�o e eleitor em BH, minha simpatia total � pela reelei��o do prefeito Kalil, que considero que faz uma bela gest�o, uma boa administra��o e tem tido reconhecimento da popula��o da cidade.

Mas o PSDB j� apresentou Luisa Barreto, secret�ria-adjunta de Planejamento, como pr�-candidata do partido.

� uma pessoa muito preparada, foi coordenadora de meu programa de governo, uma pessoa de muitas condi��es. Mas, antes disso eu j� havia manifestado essa minha posi��o pessoal, que � muito anterior. Minha simpatia pela reelei��o (de Kalil), sem preju�zo de o PSDB lan�ar um nome, o que � muito bom para o partido. � preciso renovar lan�ando novos nomes, como � o caso dela, mas na elei��o de BH j� tenho esse compromisso com o prefeito.

Neste ano, surgiram algumas vezes a especula��o de que o sr. deixaria o PSDB e se filiaria ao PSD. Essa mudan�a ocorrer�? 

Existem conversas com v�rios partidos. Aqui no Senado, como n�o temos a necessidade da fidelidade, ou seja, os senadores podem trocar de partido e v�rios j� trocaram – parece que 15 nesta legislatura – essas conversas existem. Mas, n�o h� nenhuma decis�o tomada. Temos conversado com v�rias lideran�as e isso vai ter um desdobramento mais adiante, sem nenhuma pressa e nenhuma decis�o tomada.
 
As disputas dentro do PSDB, entre os grupos do governador Jo�o D�ria e do deputado A�cio Neves, geraram desgaste internamente? 

N�o h� d�vida que todo desgaste desse tipo, ainda mais com disputas muito renhidas, ainda que sejam pr�prias da vida partid�ria, elas n�o s�o boas. No Senado o PSDB � muito unido, somos 8 senadores e nos damos muito bem, n�o h� disputas. Na C�mara, aparentemente em raz�o de disputas, houve esse pequeno conflito, mas o dia a dia do partido � isso mesmo. O que n�o � bom � quando isso extravasa demais para fora do partido e pode levar as pessoas a achar que h� um clima de antagonismo e brigas. E a� n�o � positivo, mas disputas t�picas fazem parte da vida partid�ria.

O PSDB participa do governo Zema, ocupa secretarias e lideran�as na Assembleia. Na conven��o em maio foram feitas cr�ticas ao governador e alguns tucanos sugeriram distanciamento. Hoje, o partido est� mais ligado ao governador? 

N�o acho que liga o PSDB ao governador, liga o partido ao estado. � fun��o do nosso partido e nossa responsabilidade como homens p�blicos – no meu caso ainda que tenha sido derrotado nas elei��es cumpro meu mandato como senador – apoiar o governo do estado. Sou senador por Minas Gerais. O PSDB tem v�rios deputados por Minas. Esse apoio � pela governan�a, n�o � um apoio pol�tico. � um apoio para a administra��o do estado, para que saia da crise.

Todas as vezes que fui instado pelo governo e por lideran�as para apoiar, tenho feito. E fiz coisas de iniciativa pr�pria tamb�m para ajudar. L� atr�s, quando houve a consulta da minha posi�n�o se a bancada poderia apoiar (o governo de Romeu Zema), eu falei: claro que sim. N�o h� uma identidade pol�tica, at� porque a ideologia do partido do governador � muito diferente da ideologia do PSDB, mas o trabalho para melhorar o estado e o esfor�o para sair da crise � uma obriga��o nossa.

Como o sr avalia o primeiro ano do governo de Romeu Zema? E como ele se saiu diante da grande mobiliza��o do funcionalismo pelo pagamento do 13º sal�rio? 

A situa��o do estado hoje � muito diferente do tempo em que governei Minas Gerais. N�s pag�vamos o sal�rio no quinto dia �til, o 13º era pago integralmente em dezembro e ainda havia um 14º sal�rio. � uma situa��o completamente distinta da atual.  A impress�o que tenho do governador � que ele se esfor�a, faz um governo empenhado, tem grande dedica��o. Ele que n�o tinha experi�ncia na administra��o p�blica tem se dedicado a adquirir essa experi�ncia, montou uma equipe preparada.

Ent�o tenho um sentimento positivo de que, de fato, h� um esfor�o para a melhoria de Minas Gerais, tanto que n�s estamos fazendo o poss�vel para o estado sair do quadro infeliz que foi colocado recentemente. � uma avalia��o positiva, ainda que meu partido e eu, pessoalmente, tenhamos diferen�as ideol�gicas em rela��o ao governo e seu partido, diferen�as que ficaram claras na campanha. Quest�es relativas �s privatiza��es, a vis�o que se tem sobre a educa��o e sa�de p�blica. Mas, democracia � assim mesmo, cada um coloca sua posi��o.

O sr � contra a privatiza��o das estatais mineiras?

Durante a campanha manifestei minha posi��o contr�ria � privatiza��o da Cemig, Copasa e da Codemig. Minha posi��o n�o mudou. Acho que as empresas precisam ser saneadas, aprimoradas e aperfei�oadas. No caso da Cemig at� mesmo a privatiza��o de suas empresas coligadas, mas privatizar a empresa matriz, eu pessoalmente, mantenho posi��o contr�ria.



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